quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Justiça seja feita...


Por André Ariovaldo
 
Se Allan Kardec sofreu a interferência dos Espíritos mistificadores (ver "Mensagens Apócrifas" - Livro dos Médiuns), com todo o seu modo criterioso de analisar as comunicações mediúnicas recebidas na Sociedade Parisiense, o que está ocorrendo então nos dias atuais, onde não se analisam mais as comunicações mediúnicas? O problema não está em sofrer uma mistificação, mas em não perceber o engano. O centro espírita é feito de tijolos. Os Espíritos se atraem ou se repelem, não pelas paredes de uma casa material, dotada de uma placa que a identifica como sendo uma casa espírita, mas sim pelo caráter das pessoas que frequentam esta instituição. Acreditar que por estarmos dentro de um centro espírita, estamos livres da interferência dos maus, é não compreender a relação entre nós e os Espíritos; é agir de forma leviana. As comunicações mediúnicas devem ser analisadas em seu conteúdo, de acordo com a linguagem dos Espíritos, seguindo a advertência do Cristo que nos ensina: "A boca fala, do que está cheio o coração".

Um olhar Espírita: Deus Não Mudou

Um olhar Espírita: Deus Não Mudou: Por Jaci Regis   Fomos convencidos de que um Deus humano, sentado num trono no céu governava tudo. O céu, dentro do siste...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O mal pode ser um meio de adiantamento?



Lendo A Gênese, Cap III, item 7 temos:

"Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar  de  vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência."
Ex: Em uma encarnação, uma pessoa escolhe ser alcoolatra, pois essa experiência o fará evoluir, pois aprenderá com os revezes dessa situação que o alcool e o vício o estaguinam.

− Pode, um homem, escolher numa encarnação o vício como forma de adiantamento? Ou, ao invés de escolher, a providência o impõe?

Ô, Júlio,
Acho que o texto de A Gênese é bem claro. Sua dúvida não deve vir desse texto...
Só os viciados escolhem o vício. E escolhem de modo gradual, imperceptível, aqui mesmo na Terra.
Pelo que li em vários relatos mediúnicos, o viciado costuma reencarnar após certo preparo no astral. Alguns até pedem para ter deficiências que os impeçam de retomar o vício.
Mas ninguém engana a Lei Divina, nem a si mesmo.  O que mais impulsiona as pessoas a reencarnarem não costuma ser o desejo de reparação, mas o desejo. Sim, o desejo de gozar novamente das sensações físicas. 
Gozar e abusar. 
Por fora, a intenção sincera de melhorar; no fundo, uma saudade louca das sensações que só o corpo físico pode dar.

O Mal é o plano B da Lei de Causa e Efeito. Quem não anda equilibrado, cai pra aprender a se equilibrar. 

A Lei aproveita o material disponível em:

 http://www.forumespirita.net/fe/a-genese/o-mal-pode-ser-um-meio-de-adiantamento/#ixzz25nt3zdLp

O mal pode ser um meio de adiantamento?



Lendo A Gênese, Cap III, item 7 temos:

"Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar  de  vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência."
Ex: Em uma encarnação, uma pessoa escolhe ser alcoolatra, pois essa experiência o fará evoluir, pois aprenderá com os revezes dessa situação que o alcool e o vício o estaguinam.

− Pode, um homem, escolher numa encarnação o vício como forma de adiantamento? Ou, ao invés de escolher, a providência o impõe?

Ô, Júlio,
Acho que o texto de A Gênese é bem claro. Sua dúvida não deve vir desse texto...
Só os viciados escolhem o vício. E escolhem de modo gradual, imperceptível, aqui mesmo na Terra.
Pelo que li em vários relatos mediúnicos, o viciado costuma reencarnar após certo preparo no astral. Alguns até pedem para ter deficiências que os impeçam de retomar o vício.
Mas ninguém engana a Lei Divina, nem a si mesmo.  O que mais impulsiona as pessoas a reencarnarem não costuma ser o desejo de reparação, mas o desejo. Sim, o desejo de gozar novamente das sensações físicas. 
Gozar e abusar. 
Por fora, a intenção sincera de melhorar; no fundo, uma saudade louca das sensações que só o corpo físico pode dar.

O Mal é o plano B da Lei de Causa e Efeito. Quem não anda equilibrado, cai pra aprender a se equilibrar. 

A Lei aproveita o material disponível em:

 http://www.forumespirita.net/fe/a-genese/o-mal-pode-ser-um-meio-de-adiantamento/#ixzz25nt3zdLp

Medo da Morte



Descrição: http://dirceurabelo.files.wordpress.com/2012/09/coroa_de_flores_1cpremium02.jpg
Um homem transitava por estrada deserta, altas horas.


Noite escura, sem luar, estrelas apagadas... Seguia apreensivo. Por ali ocorriam, não raro, assaltos... Percebeu que alguém o acompanhava.

Olá! Quem vem aí? - perguntou, assustado.

Não obteve resposta. Apressou-se, no que foi imitado pelo perseguidor. Correu... O desconhecido também.

Apavorado, em desabalada carreira, tão rápido quanto suas pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões em brasa, passou diante de um poste de luz.

Olhou para trás e, como por encanto, o medo desapareceu. Percebeu que seu perseguidor era apenas um velho burro, acostumado a acompanhar andarilhos.

A história assemelha-se ao que ocorre com a morte.

A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos têm medo, porque desconhecem inteiramente o processo e o que os espera no Mundo Espiritual.

O Espiritismo é o poste de luz que ilumina os caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores sem fundamento e constrangimentos perturbadores.

De forma racional, esclarece acerca da sobrevivência da alma, descerrando a cortina que separa os dois mundos.

Com a Doutrina Espírita aprendemos a encarar com serenidade a morte, que chamamos de desencarnação, porquanto ninguém morre.

Isso é muito importante, fundamental mesmo, já que se trata da única certeza da existência humana: todos desencarnaremos um dia.

A Terra é uma oficina de trabalho para os que desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria renovação.

Um hospital para os que corrigem desajustes nascidos de viciações pretéritas.

Uma prisão, em expiação dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com crimes cometidos em existências anteriores.

Uma escola para os que já compreendem que a vida não é simples acidente biológico, nem a existência humana uma simples jornada recreativa. Mas não é o nosso lar. Este está no plano espiritual, onde poderemos viver em plenitude, sem limitações impostas pelo corpo carnal.

Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar a nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz.

O primeiro passo é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural... Há condicionamentos milenares nesse sentido.

Existem pessoas que simplesmente se recusam a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio.

Transferem o assunto para um futuro remoto. Por isso se desajustam quando chega o tempo da separação.

Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - pergunta o Apóstolo Paulo, a demonstrar que a fé raciocinada supera os temores e angústias da grande transição, dando-nos a compreensão de que o fenômeno chamado morte nada mais é do que o passaporte para a verdadeira vida.

O Espiritismo, se estudado, nos proporciona uma fé inabalável. O conhecimento de tudo o que nos espera, e a disposição de lutarmos para que nos espere o melhor.

* * *

Um dos maiores motivos de sofrimento no além túmulo, é o apego aos bens terrenos.

Muitas pessoas não aceitam as normas estabelecidas pela aduana do túmulo, que não nos permite levar os bens materiais no momento em que passamos para o outro lado.

Isso demonstra que tais pessoas ainda não entenderam que os bens materiais nos são emprestados por Deus como meio de progresso, e que os teremos que devolver, mais cedo ou mais tarde.

É importante que reflitamos sobre isso, não nos deixando possuir pelos bens dos quais somos apenas usufrutuários.
Um dos motivos de sofrimento dos que ficam, é o fato de não terem se dedicado o quanto deviam àqueles dos quais se despedem.

Por isso, convém que, enquanto estamos a caminho, façamos o melhor que pudermos aos nossos afetos, para que o remorso não nos dilacere a alma depois.


Redação do Momento Espírita, com base no livro

Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti,


 http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/medo-da-morte-44138/#ixzz25o71g9yB

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Eventos e Congressos Espíritas


De: Alamar Régis Carvalho
Para: José Roberto Vieira da Silva
Roberto: Os congressos espíritas tem desenvolvido bem os seus papéis? Tem funcionado mesmo como Congressos? 


ATENÇÃO - Eu não tenho o menor interesse em mandar SPAM para ninguém. Se o seu nome constar do meu banco de dados e não for do seu desejo, por favor, peça-me que retirarei imediatamente. Infelizmente nem todos os sistemas de computadores são perfeitos.
MEUS PROGRAMAS NO YOUTUBE - Os meus programas de televisão estão sendo digitalizados e disponibilizados no Youtube. Inclusive os históricos, com notáveis espíritas que já retornaram à Espiritualidade, além das entrevistas com a "turma da Bahia". Entre no site da Rede Visão e assista. Tem muita coisa muito interessante lá. Veja lá em www.redevisao.net

Encontro Espírita de Poços de Caldas
Novembro de 2012
 
VAGAS LIMITADAS

Aviso aos amigos que pretendem ir a Poços de Caldas, MG, este ano, para que não deixem as suas inscrições para a última hora, por causa do grande problema da limitação de vagas. Ano passado mais de 600 inscrições foram recusadas, por falta de espaço. Vários amigos me pediram para tentar dar um "jeitinho", mas isto não tem sido possível, posto que o número de pessoas de várias localidades que vão até aquela cidade, todo ano, é grande demais. Não se trata de má vontade da Sonia e da coordenação do evento, é falta de espaço físico mesmo. Infelizmente a Prefeitura local ainda não conseguiu concluir as obras de restauração do grande "Cassino" da cidade, que vem se enrolando há mais de 4 anos, ninguém entende porquê, e o evento continua a ser realizado na Urca, não comportando mais de 1.600 pessoas. Este ano vai, novamente, ser maravihoso.
Passo aqui o telefone para a sua inscrição: (35) 3722-3545. 
 
Veja a TV Mundo Maior e TV CEI
Conheça o melhor receptor de satélite
 
Quem está usando está adorando
 
Já que não existe, ainda, uma retransmissora da TV Espírita na sua cidade, a opção é assistir VIA SATÉLITE, que pega em qualquer parte do Brasil.
Você, que já assistia aos programas do Alamar, pela parabólica, durante muitos anos, precisa saber que não é mais possível assistir a esses programas e nem a nova TV Espírita pelo mesmo receptor de satélites antigo que ainda existe em sua casa, porque ele é um equipamento analógico, ultrapassado, que não pega os canais digitais. Pode jogar no lixo, que tem coisa muito melhor.
A TV Mundo Maior/TV CEI é TELEVISÃO DIGITAL, o que significa imagem e som muito melhores do que aquilo que você assistia no passado e ainda assiste nos canais que consegue ver pela sua parabólica atual. Agora não existem mais os chuviscos.
Portanto, para você assistir a este canal agora, é necessário adquirir um novo receptor de satélites para instalar em sua casa, no lugar do antigo. Vai continuar a ver os velhos canais analógicos e poder ver os novos canais digitais, inclusive a TV Mundo Maior/TV CEI, além de outros canais HDTV que tem lá. Não precisa trocar a sua antena parabólica, porque você vai usá-la do mesmo jeito. Basta trocar o aparelho velho pelo novo, na sua estante, ligando os cabinhos atrás e não precisa nem de técnico para isto.
MidiaBoX SHD7050 é o novo aparelho que eu estou vendendo para os meus amigos, comprando aqui em São Paulo, diretamente da fábrica, para sair com um preço bem mais em conta para os amigos, posto que o meu objetivo maior é possibilitar aos maior número possível de pessoas assistirem a TV Espírita. É um equipamento digital, é analógico, é HDTV, é 3D, é DVBS e DVBS2 e ainda permite a você gravar a programação em PEN Drive ou HD externo. Você pode assistir a centenas de canais digitais, inclusive em alta definição, de graça, em sua casa, sem que seja pirataria.
Esta sim, é a verdadeira televisão LIVRE, por um custo de equipamento bem melhor e com muito mais canais disponíveis.
Se você quiser adquirir, entre no próprio site www.redevisao.net e faça a compra lá. Nós enviaremos pelo correio, o equipamento acompanhado, inclusive, por uma chavezinha que vai lhe permitir instalar mais de uma antena, caso você queira, para poder ver inclusive centenas de canais de televisão, gratuitamente, da mais alta qualidade. No mesmo site tem todas as informações sobre o equipamento, inclusive um explicativo completo que coloquei lá para responder a todas as suas perguntas e dúvidas. Leia lá.
 Funciona em todo o Brasil
A Globo dá um show de espiritismo
 Para quem gosta de novela, vale a pena assistir "AMOR, ETERNO AMOR", na Globo, todos os dias, às 6:15 da tarde.
A novela não é rotulada espírita e nem tem qualquer objetivo doutrinário, mas leva as idéias espíritas de uma forma muito bonita, ao grande público, com uma beleza e uma coerência impressionante. Com certeza está mexendo com o público que, certamente, poderá, novamente, correr para os livros e para as casas espíritas, como já aconteceu com outras novelas espíritas. Vale a pena assistir. 

RETRANSMISSÕES DAS MINHAS MATÉRIAS - Várias pessoas, principalmente leitores novos, me tem mandado emails pedindo autorização para retransmitirem às minhas matérias. Informo que não há necessidade deste pedido, posto que todas elas são livres e podem ser retransmitidas, sem problemas. Só peço que citem a fonte e que, pessoas adeptas da cultura do RESUMISMO, não tentem resumi-las. Se for para resumir, sugiro que não as retransmitam. Agradeço pela compreensão.

Eventos Espíritas
Será que estamos fazendo certo?
Que tal a gente trocar algumas idéias?

Quem realiza um evento, seja ele da natureza e do segmento que for, obviamente pretende obter algum resultado com ele, não é verdade?
Ora, isto é óbvio.
Pois é, só que obter resultado não é o suficiente, porque algum resultado todos trazem, o importante, creio eu, é: que o resultado seja o melhor possível.
Caso você veja coerência nisto, vamos continuar a conversar.
Já que estou escrevendo para o público espírita, ou melhor, para os meus amigos espíritas, quero falar dos eventos espíritas.
Será que os eventos espíritas estão sendo realizados para o público certo, falando a linguagem de acordo com o perfil do público para o qual eles se destinam?
Será que os organizadores estão sabendo, por exemplo, estabelecer a diferença entre o conteúdo que deve ser abordado dentro do centro espírita e o que deve ser abordado em um Congresso?
Não quero eu afirmar que algum procedimento esteja certo ou errado, quero apenas que você me acompanhe no raciocínio e tire, você mesmo, com a sua própria cabeça, a sua conclusão.
Façamos um paralelo, tomando um congresso de Medicina, como exemplo:
Eu já falei um pouco sobre isto, mas quero falar de novo, com outra abordagem, para que todos reflitam:

O congresso de Medicina

É um evento voltado para quem?
Para os médicos ou para os pacientes?
Quem está bem informado, sabe muito bem que um congresso de Medicina é voltado para os médicos e não para os pacientes, da mesma forma que um congresso de Engenharia Civil é voltado para os engenheiros e não para as pessoas que desejam comprar casas ou apartamentos, um congresso de Psicologia é voltado para os psicólogos e não para os seus pacientes.
O congresso de Medicina propõe oferecer aos médicos melhores condições de atender aos seus pacientes, passando a eles novas informações, atualização dos seus conhecimentos, aperfeiçoamento das técnicas do exercício da profissão, novas descobertas no campo dos medicamentos e dos instrumentos ambulatoriais, laboratoriais e hospitalares, relatos de novas experiências no exterior, etc.
Surgem as novas máquinas de ressonância magnética de 6 teslas. Maravilha!!!! Que beleza! Agora os médicos poderão ter uma condição de ver com mais detalhes, mais profundidade e mais segurança o que de fato tem no corpo do paciente, o que implica em diagnósticos mais seguros e precisos e, obviamente, maiores acertos e probabilidades de cura. E assim vão diminuindo os índices de mortalidade e aumentando a média da longevidade do homem.
Eles falam das diversas coisas boas que surgem, trazem as boas notícias e terminam fazendo com que diversos médicos, clínicas e hospitais participantes saiam de lá dispostos a atualização dos seus instrumentos, equipamentos e dos seus conceitos, imediatamente.
Mas tem uma coisa: Nos congressos de Medicina, também, discutem-se os problemas e as coisas ruins da prática médica, como a infecção hospitalar, que é uma coisa horrível que mata muita gente, o lixo hospitalar, a fofoca, o envolvimento de médicos com enfermeiras e vice-versa, enfim, congresso médico trata, também, de coisas ruins.
Agora imagine você, se a programação de um congresso médico fosse elaborada por um espírita, do tipo de muitos que eu conheço e você também conhece, o que aconteceria:
Certamente seria abolida das discussões qualquer abordagem acerca de infecção hospitalar, envolvimento de médicos com enfermeiras e outros, sob a seguinte argumentação:
- “Meus irmãos. Não vamos nos preocupar com as coisas ruins, vamos pensar só nas coisas boas. Vamos acalmar os nossos corações e as nossas almas, para que o congresso transcorra tudo em Pazzzzz”
E os corações dos pacientes internados em hospitais com incidência de infecção que se danem.
De repente surge um grande profissional da Medicina, pesquisador, fuçador, experimentador, observador e extremamente criterioso que se dispõe a contestar determinados procedimentos praticados pela maioria dos médicos de uma determinada especialidade, querendo demonstrar que eles não são os mais eficientes e que ele conhece um método bem melhor, comprovadamente eficaz.
Qual seria a decisão da coordenação:
Não vamos dar ouvidos a ele não, meus irmãos, ele é polêmico e não vale a pena abrir espaço no congresso. É preciso que tenhamos muito cuidado com essas novidades que aparecem por aí.
Certamente, por causa da cabeça limitada e congelada de um, todos os outros médicos participantes deixariam de ter uma informação que poderia ser valiozíssima no seu exercício médico e que, por conseqüência, poderia também salvar muitas vidas.
A grande conclusão disto é que o congresso médico serve para os médicos e não para os pacientes, com objetivo de fazê-los melhores preparados no exercício de curar as pessoas. Para isto, discutem o que melhor deve ser feito e também o que não deve ser feito no procedimento médico.

Agora vejamos o congresso espírita

Eles estão sendo feitos para os médicos ou para os pacientes?
Façamos a pergunta de outra forma, ou seja, mais direta:
Eles estão sendo feitos para os trabalhadores da casa espírita ou para os freqüentadores dos centros?
Mas aí, vem alguém com muito “conhecimento” espírita, ou melhor, sempre achando que conhece o Espiritismo mais do que todo mundo, para dizer:
- Alamar, o trabalhador da casa espírita é o mais necessitado de todos, é o que mais precisa de ajuda. Ele não é nenhum privilegiado.
Eu sei disto. Ocorre que os médicos também são seres humanos que adoecem, precisam de atendimento de companheiros de outras especialidades e passam por problemas de saúde também. E daí?
No entanto, os congressos médicos continuam sendo destinados aos médicos e não aos pacientes.
Meus amigos: a grande realidade é que muitos congressos e grandes eventos espíritas são formatados como se fossem os próprios centros espíritas, falando exatamente a mesma coisa, com a única diferença de ser em local maior, para mais pessoas e com todos os participantes portando um crachá pendurado no pescoço.
É ou não é assim?
Sinceramente, amigo, usemos o bom senso e questionemos:
Tem sentido uma organização de Congresso Espírita chamar um palestrante para falar sobre a “parábola do semeador”, “que a mão esquerda não veja o que dá a direita”, “o óbulo da viúva”, “parábola dos talentos” ... e temas desta natureza?
Aí, precipitada e preconceituosamente, vem um palhaço qualquer de visão equivocada para abrir a boca e afirmar que o Alamar está querendo tirar o Evangelho do Espiritismo.
Já vi este filme, várias vezes.
Eu sei muito bem que Jesus é o maior modelo e guia que deve servir de trilha para os espíritas e que o Evangelho é o grande manual de conduta moral que devemos seguir, mas isto não quer dizer que devamos restringir o espiritismo a fanatismo religioso, deixando de lado a gigantesca abrangência que ele tem.
Ir para um congresso espírita escutar as mesmas coisas, exatamente as mesmas coisas que a gente escutou inúmeras vezes e ainda vai escutar incontáveis vezes, apenas partindo de uma boca diferente, mas temas que já conhecemos começo, meio e fim é algo que não faz sentido.
Assim como o congresso médico que objetiva dar mais informações aos médicos, atualizá-los e prepará-los melhor para atender aos seus pacientes, o congresso espírita deveria ter como objetivo a necessidade de também preparar os trabalhadores espíritas para adquirirem condições de dar um melhor e mais eficiente atendimento às pessoas que freqüentam o centro, que procuram um atendimento e uma orientação dentro da proposta espírita.
Há muito tempo vivemos uma experiência terrível de ver inúmeras casas espíritas conduzidas por cegos que pretendem guiar cegos, pessoas absolutamente despreparadas se apresentando como trabalhador da casa e até dizendo o que deve ou não deve fazer aquele que freqüenta o centro.
Coloco aqui, em nível de sugestão, alguns tópicos que eu acho que caberiam em congressos espíritas:

I - As casas espíritas estão sabendo conduzir bem a juventude espírita?

Raramente encontramos uma casa espírita que tem uma grande, boa, atuante, presente e dedicada juventude espírita. Se você pesquisar bem, vai perceber que, dentre os jovens que vão para o centro espírita a maioria vai para agradar aos pais, apenas. Qual é o adolescente que gosta de escutar coisas do tipo:
“Marcia, olhe esses trajes que você veste pra vir para a casa espírita”
“Psiu, vamos fazer silêncio... parem de rir, porque isto aqui é lugar de respeito”
“Tire o braço do ombro dela, Marquinho. Não pode ficar abraçado, porque aqui é lugar de respeito”.
“Vamos parar com as gargalhadas. Olhem a disciplina!!!”
“Sente-se direito, Thaís”
“Essas coisas não devem ser ditas na casa espírita, Zé Alberto.”.
“Vamos maneirar no palavreado aqui na casa espírita”.
“Você poderia muito bem dizer a mesma coisa usando outras palavras”.
E haja falar em obsessão, obsessores, umbrais...
Sexo é a pior coisa que existe no mundo! Não existe nada mais imoral do que sexo na cabeça de determinadas lideranças espíritas.
Quem é que agüenta, gente? Qual o adolescente que suporta?
Muitas meninas, jovens, hoje já estão com suas vidas sexuais ativas, os rapazes também. Como vocês acham que eles se sentem, ouvindo alguém dizer que sexo é a perdição, é a expressão máxima da imoralidade, é indecência, é pecaminoso, é perversão, é obsessivo, é atrativo para obsessores terríveis...
Qual o jovem que gosta de escutar isto?
Sem falar na mania de pobreza, nos bancos duros, nas cadeiras plásticas de 10 reais, na iluminação deficiente, em nome da “humildade”, na cantina fajuta e deficiente, nas proibições de músicas, no famoso “O silêncio é uma prece”, e todas essas coisinhas altamente “agradáveis” à juventude.
                 
II – Relação humana entre os espíritas

Os espíritas se amam, uns aos outros, conforme aquele amor que eles pregam nas tribunas dos centros e nos artigos que escrevem?
Que tal a gente discutir isto em congresso?
Sei que tem gente que vai querer fugir deste assunto, como o diabo foge da cruz, porque sabe, muito bem, qual é a realidade que existe e que, se mexer nesse angu, vai dar muitos panos pras mangas, como se diz no ditado popular.
Não é mais fácil chamar de polêmico alguém que sugere enfrentar este assunto com coragem e dignidade?
        
III – Valores morais
a)    Teoria e prática dos valores morais
b)   Valores ensinados e valores vivenciados
c)    Comportamentos teatralizados

IV – Relação com os que pensam diferente
a)    Ódios que alguns têm de determinados autores – Há companheiros que não fazem outra coisa a não ser manifestar os seus ódios contra determinados autores, determinados médiuns e procedimentos.
b)   As proibições, os boicotes, as sabotagens e as difamações.
c)    Fidelidade com as histórias, compromisso de retratar sempre a verdade.

V – Necessidade de assumir responsabilidade por todas as atitudes
a)    Transferir para a diretoria a responsabilidade por atos imorais praticados por mim.
b)   Faça, mas não diga pra ninguém que eu mandei você fazer.

VI – Estamos nos conduzindo conforme Kardec?
a)    Procuramos conhecer Kardec, integralmente, antes de proibir procedimentos?
b)   O excesso de religiosismo praticado por nós está de acordo com Kardec?
c)    Centro Espírita: Igreja ou escola?

VII – Divulgação da Doutrina
a)    Os espíritas estão divulgando a doutrina para o grande público?
b)   Novelas da Globo que falam de coisas dos espíritos – Como está a tolerância do meio espírita em relação à Globo, nessas novelas?
c)    O movimento espírita tem feito algum esforço, se aproveitando do embalo da Globo, para incrementar a divulgação e levar o Espiritismo ao grande público, inclusive corrigindo alguma distorção ou abordagem não bem explicada nas novelas?

Enfim, amigos, há muita coisa interessante e de relevada importância que poderia ser discutida, debatida e estudada pelo segmento espírita e não existe ambiente melhor para falar dessas coisas que num Congresso Espírita.
Eu, Alamar, tenho a prova de que o trabalhador espírita quer mesmo discutir este assunto, quer que fale sobre este assunto e quer trabalhar os problemas do movimento, haja vista as manifestações do público em minhas palestras.
No Congresso Espírita do Rio Grande do Norte, acontecido em agosto do ano passado, 2011, eu resolvi fugir do tema que me foi proposto e partir para fazer uma abordagem exatamente dentro disto que estou falando neste artigo.
Qual foi o resultado?
O público, que lotava o Centro de Convenções de Natal, mais de mil pessoas, ficou chateado porque o palestrante mudou o tema?
Não, gente! muito pelo contrário, interrompeu o palestrante, com aplausos, diversas vezes e no final o aplaudiu de pé.
Vejam o que dizem espíritas notáveis, como Heloísa Pires, Alkíndar de Oliveira, Frederico Menezes, Dr. Jaíder Rodrigues, Dra. Irvênia Prada, Dr. Kau Mascarenhas, Dr. Mário Motoyama, Dr. Ribamar Tourinho, Dr. Luiz Signates, Dr. Avildo Fioravante, e vários outros no vídeo, a seguir, que postei no Youtube:
Agora veja vários depoimentos de participantes outros, do mesmo congresso, inclusive três membros da sua organização.
E aí eu pergunto:
Será que essas pessoas não têm importância nenhuma?
Amigos, isto que aconteceu em Natal, tem acontecido em todos os lugares por onde eu ando, em vários estados do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo... e eu faço questão de gravar tudo, para que fique documentado e um desses donos da “verdade” não venha querer dizer que é mentira.
O que todos precisam saber é o seguinte:
Em cada região o Espiritismo está nas mãos de alguns donos, ou melhor, de pessoas que se acham donas da doutrina, que impõem que ela deve ser praticada conforme as suas visões, geralmente míopes.
É preciso que as pessoas dêem um basta nisto, que se unam e exijam que o Espiritismo seja feito com coerência, com bom senso e que espíritas não tenham medo e nem receio de discutir assunto nenhum e nem enfrentar quem quer que seja.
Se alguém vem falar alguma bobagem ou algo que comprometa a doutrina, a gente tem que estar preparado para contestar. Mas, vejam bem: Isto não quer dizer que eu forme uma concepção da doutrina, conforme a minha cabeça e as minhas conveniências e venha querer que a minha visão seja a verdade absoluta. Muitos fazem isto.
Um elemento para dizer que o que outro alguém diz, escreve e faz não é Espiritismo, precisa conhecer Allan Kardec integralmente e não apenas conhecer a doutrina por ter lido o livro dos Espíritos, viver abrindo o Evangelho ao “acaso” (sempre no meio) e praticar o mesmo ritual religioso/igrejeiro de toda semana no centro espírita.
Conhecer a doutrina é muito mais do que isto, é conhecer Kardec totalmente, o que só é possível através da Revista Espírita, conforme eu já disse em outros emails.

Conclusão

Vamos fazer congressos espíritas conforme a Medicina faz os seus. Vamos preparar melhor os trabalhadores espíritas, principalmente dirigentes, do mesmo jeito que os congressos médicos aperfeiçoam o conhecimento dos médicos.
Fazendo assim, com certeza vamos conseguir atender melhor as pessoas que procuram pelas casas espíritas, vamos diminuir a gigantesca evasão que existe nos centros, vamos fazer mais gente feliz proporcionando uma doutrina linda, maravilhosa, alegre e encantadora.

Abração.
                           Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia