quarta-feira, 9 de maio de 2012

LEIA E TIRE SUAS CONCLUSÕES

  Talvez você já tenha feito perguntas como estas: 

Quem sou eu? 

De onde vim ao nascer? 

Para onde irei depois da morte? 

O que há depois dela? 

Por que uns sofrem mais do que outros? 

Por que uns têm determinada aptidão e outros não? 

Por que alguns nascem ricos e outros pobres? 

Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? 

Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos? 

Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons? 

No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. 

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa - fatos que podem acontecer na vida de todo mundo - não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero. 

Onde se encontra a solução? 

Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo. O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, para melhor. 

Mas o que é o Espiritismo? 

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, que são os intermediários entre o mundo espiritual e o mundo físico. Contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. 

O Espiritismo é, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião. Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como "de onde eu vim", "o que faço no mundo", "para onde irei depois da morte". Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo. Religião, porque é uma doutrina cristã que tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, que é o guia e modelo para toda a Humanidade, sendo a Doutrina que Ele ensinou e exemplificou a expressão mais pura da Lei de Deus. na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. 

A prática espírita é bem simples, não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, velas, procissões, sacramentos, paramentos, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior. Toda a prática verdadeiramente espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes". 

E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo? 

A existência de Deus, que é o Criador, causa primária de todas as coisas. A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom. 

A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos que somos, todos nós já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo. 

A reencarnação. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos. Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la reencarnando no mundo, quantas vezes se façam necessárias, para adquirir mais conhecimento, através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral. 

Não nos lembramos das existências passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, em muitos casos, os desafetos do passado podem estar hoje na condição de nossos familiares ou amigos que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Pelo mecanismo da reencarnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de "ação e reação", "Causa e efeito". 

De que outra forma, senão esta, entenderemos a Justiça Divina perante as desigualdades existentes no mundo, desde o momento do nascimento ? 

Todavia, nem todas as encarnações se verificam na Terra. Existem mundos superiores e inferiores ao nosso. Quando evoluirmos muito, poderemos renascer num planeta de ordem elevada. O Universo é infinito e "na casa de meu Pai há muitas moradas", já dizia Jesus. 

A COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS 
 
Os espíritos são o princípio inteligente da criação. Podem estar na condição de encarnados, como nós atualmente, ou na condição de desencarnados, continuado a ser como eram no plano físico: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações. Através dos médiuns, o espírito pode comunicar-se conosco, se puder e se quiser. A comunicação se dá de conformidade com o tipo de mediunidade, sendo as mais conhecidas: pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), pela visão (vidência) e a intuição, da qual todos guardamos experiências pessoais. As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram desde os tempos remotos. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro. A mediunidade é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. A Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. 

Como o Espiritismo interpreta o Céu e o Inferno? 

Não há céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando. 

Deus não se esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um o mérito das suas obras, possibilitando quantas encarnações forem precisas para que os mesmos se reajustem e também evoluam em conhecimento e moralidade. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justiça Divina. 

Como o Espiritismo vê as outras Religiões e a Bíblia? 

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza". 

A Bíblia é um livro respeitável, seu original em hebraico foi traduzido com o passar do tempo para o grego, depois para o latim e só então para o português. A Bíblia não condena o Espiritismo, refere-se as práticas dos necromantes, adivinhos, feiticeiros e a evocação dos mortos para satisfazer essas práticas, que eram provenientes das tradições egípcias, onde se usavam da mediunidade de forma equivocada, práticas essas que o Espiritismo também discorda segundo Kardec (Livro dos Médiuns item 273). Tudo isso fica bem evidenciado em Isaías 8,19 e 19,3 ; I Samuel 9,9-10 e 28,7-19 ; Êxodo 7, 20-22 e 22,18. 

O que é realmente estranho são as supostas referências de proibições em Deuteronômio 18,9-11 ; Levítico 19,31 e 20,6, onde aparecerem as palavras "Espiritismo", "Espíritas", "Médiuns" que não existiam na época em que os textos bíblicos foram escritos, já que o Espiritismo surgiu a partir de 1857. Também não consta nos dicionários Hebraico-Português, Grego-Português e Latim-Português a palavra "Espiritismo". Como então os termos referentes ao Espiritismo foram aparecer nessas traduções atuais da Bíblia, já que na versão original não constam ? Será que isso não vai de encontro a uma séria advertência do Apocalipse 22,18 ? 

Na verdade os textos bíblicos encaram com naturalidade a comunicação entre o mundo material e o espiritual e vice-versa, o próprio Jesus se comunicou após a morte e mesmo ainda em vida se comunicou com Moisés e Elias já mortos (Mateus 17, 1-4). Outros textos, dentre muitos, atestam o dito acima, tais como : Gênesis 16,7-12 ; Êxodo 3,1-3 ; I Samuel 16,14-23 ; Ezequiel 2,1-2 ; 3,12-14 e 8,1-6 ; Daniel 5,5-7 ; 6,17-25 e 9,20-23 ; Números 11,26-30 ; Atos dos Apóstolos 2,1-4 ; 6,8-10 ; 8,29-30 ; 10,3 e 16,16-18 ; I Corintios 12,4-11 e 15,42-44, etc... 

A existência da alma antes do nascimento físico fica evidente em Jeremias 1,5 e Sabedoria 8,19. A reencarnação também pode ser verificada em Mateus 11,14 e 17,10-13 ; João 3,3-12 ; Ezequiel 37,1-14 ; Salmos 70,20 e 84,6-8, dentre muitos outros. Será também interessante observar o que a Bíblia recomenda como práticas a serem cumpridas em Êxodo 20,4-5 e em Mateus 6,5-8. 


Por que o Espiritismo realça a Caridade? 

Porque fora dos preceitos da verdadeira caridade, o espírito não poderá atingir a perfeição para a qual foi destinado. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e qualquer que seja a forma pela qual adorem o Criador, eles se estendem as mãos, se entendem e se ajudam mutuamente. 


Por que fé raciocinada? 

A fé sem raciocínio não passa de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos alguma coisa como verdade, devemos analisá-la bem. O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los. "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade." (Allan Kardec) 

E onde podemos encontrar mais esclarecimentos sobre o Espiritismo? 

Começando pela leitura dos livros de Allan Kardec nas Obras Básicas.

Do átomo ao anjo: a evolução do princípio inteligente


                  
(Parte 1) 

Nasce o nosso Universo

Há 13,7 bilhões de anos, tudo o que existia estava concentrado em um só ponto, que um cientista denominou de átomo primitivo ou ovo cósmico. Seu tamanho era trilhões e trilhões de vezes menor que a cabeça de um alfinete; era rico em energia altamente condensada, a ponto de seu calor ser de bilhões e bilhões de graus Celsius.
De repente, sem que se possa saber por quê, ele se inflacionou ao tamanho de uma maçã. E então explodiu, ejetando violentamente em todas as direções a energia e os conteúdos nele contidos.
Essa energia se condensou fortemente e produziu as partículas elementares da matéria. Nos primeiros três minutos, essas partículas formaram os átomos e daí o hidrogênio e o hélio, os elementos químicos mais simples e os mais abundantes do universo.
Enquanto isso, a energia ejetada, junto com as partículas elementares, formou uma incomensurável nuvem que se expandiu mais e mais. Lentamente, depois de uma grande disparada em todas as direções, ela começou a se esfriar e ganhar densidade. Deste processo se formaram as grandes estrelas vermelhas.
Elas funcionaram, por alguns bilhões de anos, como fornalhas ardentes dentro das quais ocorreram explosões atômicas de magnitude extraordinária. Lá se forjaram os principais elementos que estão presentes em todos os seres: o ferro, o carbono, o ouro, enfim, os 92 elementos básicos que compõem todos os seres e cada um de nós. Da morte de uma dessas estrelas se formaram a nossa galáxia, o nosso Sol e o planeta Terra.
O exposto acima é o que os cientistas denominam de Big-Bang, ou seja, a grande explosão. 
E Deus com isso? 
O problema de Deus aparece quando se colocam as seguintes questões: O que havia antes do começo? Quem deu o impulso inicial? Quem sustenta o Universo como um todo e todos os seres para que continuem a existir e a se desenvolver?
Nada? Mas do nada, nada pode vir.
Antes do Big-Bang, existia Deus, que existe de toda a eternidade.
Existiram também muitos outros universos, pois Deus jamais esteve inativo. Esses universos foram criados por sua vontade, cumpriram seu papel (campo de desenvolvimento do Espírito) e tiveram sua matéria colapsada, para ressurgir depois, qual a lendária ave mitológica, Fênix, que renascia das próprias cinzas. Pois um mundo formado desaparece e a matéria que o compõe se renova.
Essa teoria encontra ressonância no pensamento do Espírito André Luiz: Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.
Pronto o universo, o princípio espiritual poderá iniciar a longa marcha rumo à perfeição relativa que lhe é destinada.
Ao mesmo tempo em que vem criando, desde toda a eternidade, mundos materiais, Deus há criado, desde toda a eternidade, seres espirituais. Se assim não fora, os mundos materiais careceriam de finalidade.
Os mundos materiais teriam de fornecer aos seres espirituais elementos de atividade para o desenvolvimento de suas inteligências.
Nasce o princípio inteligente
A razão de ser do Universo é o desenvolvimento do Espírito humano. Pronto o Universo, o princípio inteligente poderá iniciar sua longa marcha rumo à perfeição relativa que lhe é destinada.
Deus renova os seres vivos como renova os mundos.
Indestrutível, o princípio espiritual se elabora nas diferentes metamorfoses que sofre, estagiando nos reinos mineral, vegetal e animal, antes de adquirir a razão e identificar-se com a humanidade.
Quanto à origem do princípio inteligente nada sabemos.
Segundo alguns, trata-se de uma emanação da Divindade.
As propriedades sui generis que se reconhecem ao princípio espiritual provam que ele tem existência própria, pois que, se sua origem estivesse na matéria, aquelas propriedades lhe faltariam, desde que a inteligência e o pensamento não podem ser atributos da matéria.
Aos nossos olhos não tem uma forma determinada, pode ser comparado a uma chama, um clarão ou uma centelha etérea, cuja cor varia do escuro ao brilho do rubi, conforme a sua pureza; com alta capacidade de proporcionar impulsos e abrigar experiências que se transformam em estruturas definitivas e cada vez mais complexas.
Foi criado simples, ignorante, mas dotado de perfectibilidade. Simples, porque único, formado de uma só parte, homogêneo. Ignorante porque sem conhecimento, experiência e aquisições. Perfectível porque dotado da potencialidade do progresso, de um projeto íntimo de desenvolvimento, de um propósito no sentido de haver um movimento na direção de mais diversidade, complexidade e cooperação.
Ricardo Baesso de Oliveira

( continua )
                                                                                                 PAZ, MUITA PAZ!