sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seminário Transição Planetária - A Terra como Mundo de Regeneração 1/2

AUTO-LIBERTAÇÃO




Uma coincidência de notar entre os quase náufragos da aflição e do afogamento:

Os que se debatem nas águas temendo a morte rogam o socorro de quem lhes estenda as mãos;

Os que se encarcerem no desânimo, receando o desequilíbrio, para se livrarem dele precisam estender as mãos aos outros.

Geralmente quando nos confessamos abatidos, muitas vezes queixando-nos contra tudo e contra todos, achamo-nos simplesmente encerrados na masmorra do “eu”, que transportamos conosco, à maneira de fardo muito difícil de carregar.

Este é, contudo, o momento para sair de nós, alongando os braços na direção dos outros, para que os outros arrebatem ao poço da angústia.

Abrir o coração ao encontro de alguém a fim de que alguém nos alivie.

Auxiliar para sermos auxiliados.

Se te encontras numa ocasião dessas, de espírito ilhado na solidão, recorda que as portas da alma unicamente se abrem de dentro para fora e busca a liberação de si mesmo.

Desnecessário será dizer que a gentileza para com os vizinhos, a visita ao doente, o socorro ao necessitado, o serviço-extra, a carta que se dirige ao amigo distante, o amparo à natureza e todos as formas outras de atividade em que se nos expresse a doação de calor humano são veículos ideais para sairmos de nós à procura da própria renovação.

Se te encontras assim, no dia cinzento de mal-estar, não é necessário adotes a transposição do desalento à custa de tranqüilizantes inadequados ou ao preço de aventuras que talvez te marginalizassem nos espinheiros da culpa.

Todos possuímos conosco a clínica espiritual de autotratamento com as faculdades da ação e da criatividade ao nosso dispor.

Quanto estejas desse modo no recanto da angústia, se experimentas a fadiga sem causa, trabalha mais e, se trabalhando mais sentires a presença do cansaço compreensível e justo, procura o repouso indispensável ao preciso refazimento e recobrarás as próprias forças a fim de trabalhar e servir mais ainda

Emmanuel
Fonte: Livro “Doutrina E Aplicação”. - Psicografia Chico Xavier - Espíritos Diversos.

ADULTÉRIO E PROSTITUIÇÃO




Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus.

Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência.

Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.

Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

Do item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

É curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".

Dir-se-ia que no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".

Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências.

Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.

Desses embates multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.

Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida.

Note-se que o lenocínio de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel.

Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos - que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.

Evidentemente, o mundo avança para mais elevadas condições de existência.

Fenômenos de transição explodem aqui e ali, comunicando renovação.

E, com semelhantes ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a licenciosidade.

Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.

EMMANUEL
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

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