sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

IV – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras. SANSÃO Antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863 21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis frequentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”. Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano. Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra. É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados? Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique para sofrer convosco? Ah! Essa dor se concebe entre os que não têm fé, e que veem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus. Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Hoje às 19h30min. ESTUDO DE O LIVRO DOS ESPIRITOS LIVRO 2, CAP. 9 II INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE OS NOSSOS PENSAMENTOS E AS NOSSAS AÇÕES.

ASSOCIAÇÃO LAR ESPÍRITA JOSÉ DE ANCHIETA Rua Santos Dumont, 933 Farias Brito – Aracati – CE. 465- b. Que espécie de sofrimentos querem fazer- nos provar? -- Os que decorrem de pertencer a uma ordem inferior e estar diante de Deus. 466. Por que permite Deus que os Espíritos nos incitem ao mal? -- Os espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens no bem. Tu, sendo Espírito, deves progredir na ciência do infinito, e é por isso que passas pelas provas do mal até chegar ao bem. Nossa missão é a de te pôr no bom caminho, e quando más influências agem sobre ti, és tu que as chamas, pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer: eles não podem ajudar- te no mal, senão quando tu desejas o mal. Se és inclinado ao assassínio, pois bem! terás uma nuvem de Espíritos que entreterão esse pensamento em ti; mas também terás outros, que tratarão de influenciar para o bem, o que faz que se reequilibre a balança e te deixe senhor de ti. É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que devemos seguir, e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências contrárias que se exercem sobre nós. 467. Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal? -- Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos. 468. Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas? -- Que queres que eles façam? Quando nada têm a fazer, abandonam o campo. Não obstante, espreitam o momento favorável, como o gato espreita o rato. 469. Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos? -- Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós. Guardai- vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles atacam na vossa fraqueza. Eis porque Jesus voz faz dizer na oração dominical: "Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai- nos do mal!" 470. Os Espíritos que procuram induzir- nos ao mal, e que assim põem à prova a nossa firmeza no bem, receberam a missão de o fazer, e se é uma missão que eles cumprem, terão responsabilidade nisso? -- Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal; quando ele o faz, é pela sua própria vontade e conseqüentemente terá de sofrer as conseqüências[31]. Deus pode deixá- lo fazer para vos provar, mas jamais o ordena, e cabe a vós repeli- lo. 471. Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível, ou de satisfação interior sem causa conhecida, isso decorre unicamente de uma disposição física? -- É quase sempre um efeito das comunicações que, sem o saber, tivestes com os Espíritos, ou das relações que tivestes com eles durante o sono. 472. Os Espíritos que desejam incitar- nos ao mal limitam- se a aproveitar as circunstâncias? -- Eles aproveitam a circunstância, mas freqüentemente a provocam, empurrando- vos sem o perceberdes para o objeto da vossa ambição. Assim, por exemplo, um homem encontra no seu caminho uma certa quantia: não acrediteis que foram os Espíritos que puseram o dinheiro ali, mas eles podem dar ao homem o pensamento de se dirigir naquela direção, e então lhe sugerem apoderar- se dele, enquanto outros lhe sugerem devolver o dinheiro ao dono. Acontece o mesmo em todas as outras tentações.