quinta-feira, 8 de novembro de 2012
BATISMO PARA SALVAR-SE
* Se vocês, espíritas, não são batizados, como é que poderão salvar-se?
Esta pergunta me foi feita por um amigo em cama. Já houve quem me dissesse que o espírita deve batizar-se, sim, porque até Jesus o foi. A esta pessoa, baseando-me numa argumentação do médium e orador espírita José Raul Teixeira, respondi que, de fato, João Batista batizou Jesus nas águas do Jordão; no entanto, Jesus a ninguém batizou. Demais, os espíritos devemos procurar fazer tudo quanto Jesus fez, e não praticar tudo o que com Ele fizeram os homens porque, senão, neste descompassado, dentro em breve estaremos pregando um nosso semelhante qualquer numa cruz com uma coroa de espinhos.!
Outros alegam que o batismo evita que se morra pagão. Ouvi muito esta afirmativa quando eu era criança. Aproveito a oportunidade para explicar que a palavra pagão vem do Latim paganus e não designava, um absoluto, o morador do Pagus, não. Quem informa é o ilustre catedrático paulista Silveira Bueno, católico convicto. Designava aquele que, para não servir na milícia romana, fugia das cidades, ia residir nos campos longe de Roma. Quando o Cristianismo triunfou com a aliança dos líderes políticos com os líderes religiosos, ao tempo de Constantino, século III depois de Cristo, deu-se à palavra paganus uma nova semântica, um novo significado. Desde então pagão seria todo aquele que não desejasse servir nas milícias celestiais, quer dizer, todo aquele que não quisesse pertencer ao Catolicismo.
O batismo é um ritual muito mais antigo do que comumente se pensa. Vem dos povos mais antigos, dos gregos, dos egípcios, dos hindus. As religiões tradicionalistas, ainda hoje, às panas do século XXI, insistem em conservá-lo, no que nada temos que ver. É um direito que elas têm e não seremos nós, os espíritas, que iremos cercear o livre-arbítrio de quem quer que seja,
desde que não haja prejuízo alheio. Só que a Doutrina Espírita pura e simplesmente dispensa este ritual. Ou qualquer outro ritual também como preces especiais, casamentos religiosos, oferendas ou coisas do gênero. Perdão se me torno repetitivo, porém penso como Napoleão, segundo o qual a mais importante figura da retórica é a repetição.
O meu missivista, como ia dizendo, indagava como é que o espírita iria salvar-se pois que não fora batizado. A ele remeti longa cama. E porque talvez algum leitor amigo se defronte com esta mesma questão, atrevo-me sumariar a resposta enviada a ele. Devemos sempre fazer o devido esclarecimento espírita dos assuntos que nos são apresentados.
Bem, pessoalmente, para usar de sinceridade, eu não aprecio esta palavra salvação, não.
Prefiro a expressão redenção ou libertação espiritual Salvação, a meu ver, no que posso até estar errado, porque sou míope para longe e para perto, seria o oposto de perdição. Como não aceito a idéia de que Deus, definido por Jesus como Amor, deixe perder-se para sempre um só de seus filhos, dou preferência à redenção ou libertação espiritual. Mesmo porque Jesus declarou: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará João, Cap. 8 vens. 32).
O que liberta a criatura do sofrimento, decorrente da violação às leis divinas, é a prática genuína e desinteressada do Bem. É a vivência espontânea da Fraternidade. É a vontade ardente de ver no semelhante um seu irmão voltando ao proscêncio terrestre para progredir, daí ser merecedor de melhores demonstrações de estima e consideração.
Nesse contexto, cabem duas palavras acerca do preconceito. Do preconceito racial, por exemplo. Determinado confrade fez um teste com um grupo de espíritas. Cada um dos componentes daquela brincadeira deveria fechar os olhos e imaginar-se sendo assaltado. Depois diria que emoção sentiu se fosse realidade o assalto. O leitor amigo poderá dizer qual foi a cor do assaltante imaginado pelos confrades espíritas envolvidos naquela experiência brejeira, porém muito significativa !
O que liberta a criatura é a Caridade, que, segundo uma definição do Irmão X, escrevendo pelo médium Chico Xavier, é servir sem descanso, é cooperar espontaneamente nas boas obras da comunidade, sem aguardar o convite ou o agradecimento dos outros, é não incomodar aquele que trabalha, é suportar sem revolta as (imitações alheias, auxiliando o próximo a supera-las).
O que liberta a criatura da ignorância é a paciente leitura de livros que nos dizem porque vivemos, para onde iremos depois da morte do corpo físico (se é que ele morra, pois em verdade até ele simplesmente se transforma), de onde viemos ames do berço. Contudo, não basta a leitura. É necessária a sua reflexão. Impõe-se a vivência dos seus ensinos. Pois como já reconhecia Daudet, quanta gente há, em cuja biblioteca, poder-se-ia escrever "para uso externo", como nas garrafas das farmácias. Quer dizer, ler por ler simplesmente não vale a pena. Mister se faz modificar o comportamento, ampliar o horizonte cultural, aprofundar a análise do porquê da vida e sobretudo, repito, vivenciar o que os bons livros nos ensinam em termos de crescimento moral e espiritual.
O que liberta a criatura de suas imperfeições é o seu desejo de despojar-se de seus vícios morais como a inveja, a cobiça, o ciúme, a ira etc. será, forcejando por ser mais paciente, mais humilde, mais prudente, mais humano diante das dores alheias, mais tolerante diante das falhas da outra pessoa, sem cair na alienação dizendo amém a tudo e a todos, com esta atitude muito cômoda concordando com erronias que não podem de jeito nenhum contar com a nossa anuência.
O que liberta a criatura não é o batismo que recebeu em criança ou já adulto ao aceitar esta ou aquela solta religiosa. Não. O que liberta a criatura de seus erros do passado e de suas limitações anuais é este esforço diuturno de observar, na vida diária, tudo quanto o Cristo nos ensinou através da força do exemplo!...
Fonte: Atualidade Espírita – Editora O Clarim
REFLEXÕES SOBRE A MORAL DIVINA
Não é raro conhecermos pessoas que, apesar de viverem em condições adversas, em ambientes viciosos, conseguem furtar-se às influências negativas do meio e se destacam na sociedade como homens e mulheres dignos. Há outras que, mesmo depois de terem experimentado uma vida de transgressões, crimes, prostituição e drogas, conseguem se recuperar, tornando-se referência para muitos outros indivíduos. Esses exemplos de superação mostram do que o ser humano é capaz, quando tem fé.
No conhecido livro do escritor francês Victor Hugo (1802-1885), Os Miseráveis, também retratado em filme, encontramos a história de um ex-presidiário (Jean Valjean) que, ante um dilema moral, originado de um furto por ele praticado após ganhar a liberdade, foi inocentado pela própria vítima, o caridoso bispo Charles Myriel, atitude que causou um profundo impacto no ex-condenado, motivando-o, daí por diante, a se tornar um homem de bem. Esta obra, embora seja um romance de ficção social, é inspirada na realidade e nos faz refletir sobre a questão filosófica da moral, tratada em O Livro dos Espíritos.
1 A crença inata em um ser superior, comum a todos nós, sugere a existência de uma constituição divina insculpida na alma. Toda vez que infringimos as leis naturais, um juízo secreto nos diz que estamos no caminho errado. Dominados pelas paixões, nem sempre seguimos os ditames desse tribunal interior, ficando sujeitos, depois, ao arrependimento, à expiação e à reparação dos erros cometidos.
Do ponto de vista espírita, “a moral é a regra de bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observância da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus”. 2 A infração das leis morais resulta numa sanção imposta pela própria consciência, que se traduz no remorso, sem prejuízo da eventual condenação imposta pela sociedade e suas instituições.
O bem e o mal estão relacionados ao comportamento humano ditado pelo livre-arbítrio, pois “a noção de moralidade é inseparável da de liberdade”. 3 Procedendo corretamente, o homem dá mostras de que sabe distinguir o bem do mal. O bem é tudo o que é compatível com a lei de Deus e o mal é tudo aquilo que não se harmoniza com ela. Em resumo: quando fazemos o bem, procedemos conforme a lei de Deus, e quando fazemos o mal estamos infringindo essa lei.
Nem todos, porém, se comprazem em fazer o bem, dependendo da evolução do indivíduo e dos valores que cultua. Quando o homem procura agir acertadamente, utilizando a razão e a reflexão, encontra meios de distinguir, por si mesmo, o que é bem do que é mal. Ainda que esteja sujeito a enganar-se, em vista de sua falibilidade, possui uma bússola que o guiará no caminho certo, que é o de colocar-se na posição do outro, analisando o resultado de sua decisão: aprovaria eu o que estou fazendo ao próximo, se estivesse no lugar dele?
Esse método de pôr-se no lugar do outro para medir a qualidade de nossos atos é bem eficiente, quando nos habituamos a utilizá-lo, porque o metro de cada um está na lei natural, que estabelece o limite de nossas próprias necessidades, razão por que experimentamos o sofrimento toda vez que ultrapassamos essa fronteira. Por isso, se ouvíssemos mais a voz da consciência, estaríamos a salvo de muitos males que atribuímos a fatores externos ou à Natureza.
Deus poderia se quisesse, ter feito o Espírito pronto e acabado, mas o criou simples e ignorante, dando-lhe, assim, a oportunidade de progredir pelo próprio esforço, para que tenha a ventura de chegar ao cume da jornada e exclamar, satisfeito: eu venci!
Com o advento tanto do progresso e a consequente proliferação dos grupos sociais, caracterizados por sua diversidade cultural, como também das novas necessidades criadas pela modernidade e pelo avanço da tecnologia, somos tentados a pensar que a lei natural não é uma regra uniforme para a coletividade.
Todavia, este modo de raciocinar é equivocado, uma vez que a lei natural possui tantas gradações quantas necessárias para cada tipo de situação, sem perder a unidade e a coerência, cabendo a cada um distinguir as necessidades reais das artificiais ou convencionais.
A lei de Deus é a mesma para todos, independentemente da posição evolutiva do homem, que tem a liberdade de praticar o bem ou o mal. A diferença que existe está no grau de responsabilidade, como no caso do selvagem que, outrora, sob domínio dos instintos primitivos, considerava normal alimentar-se de carne humana, a saber: o homem é tanto mais culpado quanto melhor sabe o que faz. À medida que o Espírito adquire experiência, em sucessivas encarnações, alcança estágios superiores que lhe permitem discernir melhor as coisas.
Portanto, a responsabilidade do ser humano é proporcional aos meios de que dispõe para diferenciar o bem do mal. Apesar disso, não se pode dizer que são menos repreensíveis as faltas que comete, embora decorrentes da posição que ocupa na sociedade.
O mal desaparece à medida que a alma se depura. É então que, senhor de si, o homem se torna mais culpado quando comete o mal, porque tem melhor compreensão da existência deste. A culpa pelo mal praticado recai sobre quem deu causa a ele, porém, aquele que foi compelido, levado ou induzido a praticar o mal por outrem, é menos culpado do que aquele que lhe deu causa.
Outrossim, o fato de se achar num ambiente desfavorável ou nocivo à moral, devido às influências dos vícios e dos crimes, não quer dizer que a criatura esteja isenta de culpa, se, deixando-se levar por essas influências, também praticar o mal. Em primeiro lugar, porque dispõe de um instrumento poderoso para superar as circunstâncias infelizes: a vontade.
Em segundo, porque, antes de encarnar, pode ter escolhido essa prova, submetendo-se à tentação para ter o mérito da resistência.
De outras vezes, o Espírito renasce em um meio hostil com a missão de exercer influência positiva sobre seus semelhantes, retardatários.
Por outro lado, aquele que, mesmo não praticando diretamente o mal, se aproveita da maldade feita por outrem, age como se fosse o autor, isso porque talvez não tivesse coragem de cometê-lo, mas, encontrando o mal feito, tira partido da situação, o que significa que o aprova e o teria praticado, se pudesse ou tivesse ousadia para tanto. Enquanto Espíritos, quase todos nos equiparamos, na Terra, a condenados em regime de liberdade condicional, sujeitos, graças à misericórdia divina, a diversas restrições que, muitas vezes, nos são impostas para nos proteger das próprias fraquezas. Assim, podemos dizer que muitos de nós só não praticamos o mal por falta de oportunidade, considerando que nem sempre temos vontade forte o bastante para resistir a determinadas conjunturas, em virtude da ausência de autocontrole.
O desejo de praticar o mal pode ser tão repreensível quanto o próprio mal, contudo, aquele que resiste às tentações, com a finalidade de superar-se, tem grande mérito, sobretudo quando depende apenas de sua vontade para tomar essa ou aquela decisão. Não basta, porém, que deixe de praticar o mal. É preciso que faça o bem no limite de suas forças, pois cada um responderá por todo mal que resulte de sua omissão em praticar o bem. Os Espíritos superiores são taxativos em dizer que ninguém está impossibilitado de fazer o bem, independentemente de sua posição, pois que todos os dias da existência nos oferecem oportunidades de ajudar o próximo, ainda que seja por meio de uma singela oração.
O grande mérito de se fazer o bem reside na dificuldade que se tem de praticá-lo. Quanto maiores forem os obstáculos para a realização do bem, maior é o merecimento daquele que o executa.
Contrário senso, não existe tanta valia em se fazer o bem sem esforço ou quando nada custa, como no caso do afortunado que dá um pouco aos pobres do que lhe sobra em abundância. A parábola do óbolo da viúva, contida em o Novo Testamento, 4 retrata bem tal circunstância.
Finalizando, a essência da moral divina pode ser encontrada na máxima do amor ao próximo, ensinada por Jesus, porque abarca todos os deveres que os homens têm uns para com os outros, razão pela qual temos necessidade de vivenciar essa lei constantemente, porquanto o bem é a lei suprema do Universo que nos conduz a Deus “e o mal será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos [...]”. 5
Reformador Junho2010
1KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 629-646.
2Idem, ibidem. Q. 629.
3DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 3, As potências da alma, item 22, p. 477.
4LUCAS, 21:1-4.
5XAVIER, Francisco C. Ação e reação. 28. ed. 2. reimp. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 7, p. 110.
sábado, 3 de novembro de 2012
EXISTE ESPÍRITA CATÓLICO?
Na verdade há o ESPÍRITA, o CATÓLICO-ESPÍRITA e o ESPÍRITA-CATÓLICO.
O ESPÍRITA não faz uso de amuletos, patuás, imagens, escapulários, promessas, defumações, não reza repetidas vezes preces prontas, não faz novenas, não acende velas, não manda rezar missas de 7º dia, não batiza, não se casa no templo religioso, não faz uso de bebidas alcoólicas ou qualquer outra droga, é freqüentador e trabalhador da casa espírita e instituições de caridade, ele não fica ocioso porque acredita que “a fé sem obras (úteis) é morta”. Enfim, ele não fica dividido entre duas religiões e se esforça para ser melhor e útil hoje mais do que foi ontem e tentará ser amanhã mais do que foi hoje.
O CATÓLICO-ESPÍRITA é o católico simpatizante da doutrina espírita. Frequenta o catolicismo, mas de vez em quando aparece na casa espírita para, por exemplo: tomar “passe”, buscar curas espirituais, cartas consoladoras, etc. Geralmente, quando alcança (ou não) seu objetivo, não aparece mais.
O ESPÍRITA-CATÓLICO é freqüentador e trabalhador da casa espírita, mas casa-se na igreja, batiza o filho, usa amuletos, é supersticioso, manda rezar missa de 7º dia quando um ente querido desencarna, faz uso de bebidas alcoólicas, etc. Geralmente, são estes que querem implantar modismos de outras religiões na Casa Espírita.
O espírita-católico diz não ser fácil se desvincular dos dogmas e rituais já que freqüentou muito tempo outra religião. Mas, quando se desvinculará? Que testemunho o espírita-católico dá de sua fé na doutrina para outras religiões? Será que não está dizendo, indiretamente, que freqüenta a casa espírita, mas o casamento de verdade, a melhor prece aos desencarnados, etc., é o da outra religião? Por que os protestantes, que se intitulam evangélicos, geralmente cortam o laço com a religião que freqüentavam com mais facilidade que o espírita-católico? É para se pensar já que o espírita lê e estuda mais, segundo estatísticas. Será que o espírita está lendo e não está entendendo ou não está se esforçando para entender?
Sem escolher se é espírita ou católico, a doutrina nunca terá "espíritas" de verdade, terá apenas simpatizantes do Espiritismo. Precisamos de adeptos convictos para ajudar a divulgar a doutrina.
Como diz Therezinha Oliveira, “o Espiritismo precisa de espíritas que ajudem na renovação das ideias religiosas e não conseguirá isso, se não buscar o que desconhece, se ocultar sempre o que já conhece e ceder sempre aos costumes religiosos tradicionais.”
Se continuarmos com um pé cá e outro lá o Espiritismo nunca terá "espíritas" de verdade, mas apenas simpatizantes do Espiritismo.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
DOGMAS E MAIS DOGMAS
Enquanto os nossos irmãos protestantes não aceitam sequer a virgindade de Maria, os católicos dia a dia procuram conduzir aquele Espírito a uma categoria mais elevada. Depois de a apresentarem como mãe de Deus e de a subdividirem em tantas nossas-senhoras quantas sejam necessárias aos interesses da Igreja, sob os mais extravagantes nomes, procuram agora convencer-nos, baseados numa lenda, de que Maria subiu aos Céus, tal qual Jesus, com o mesmo corpo apresentado entre nós.
Referindo-se a esse culto prestado a Maria em que a colocam em superioridade ao próprio Deus, por, ser a genitora de uma das suas pessoas, disseram-nos os Espíritos que esse culto já ultrapassa ao que a Igreja rende ao próprio Cristo (Roustaing, IV-221); assim, diante dessa tendência do clero para deificar a Virgem como já o fizeram com Jesus, julgamos necessário transcrever o que disseram os Espíritos, quanto à posição espiritual de Maria, extraindo alguns trechos da 3ª edição da obra "Revelação da Revelação":
- Maria era Espírito perfeito quando encarnou em missão. Perfeito, relativamente a nós, ao nosso planeta; não o era, porém, com relação aos mundos superiores. Espírito superior, de mui elevada hierarquia espírita, com relação a nós, não tinha ascendido ainda à perfeição sideral.
(1-330).
- Após uma encarnação fluídica num planeta mais adiantado que a Terra, encarnação sofrida corno consequência de pequenina falta, retomou aquele Espírito o caminho simples e reto do progresso e até hoje o trilha, pois que ainda não chegou ao cume, à perfeição sideral. (1-333).
- Conquanto não se ache ainda na categoria dos Espíritos puros, suas atuais encarnações estão de tal forma acima de nossas inteligências, que não podemos fazer ideia do que sejam. Sabemos, porém, que Maria é um Espírito inferior, muito inferior a Jesus. (1-334).
- O Senhor estava com Maria, mulher entre todas bendita, por ser, entre todas, Espírito muito puro no desempenho de uma missão na Terra. (1-369).
- Recomendando João a Maria e esta aquele, Jesus deu o testemunho da sua solicitude pelos encarnados e homenageou os sentimentos que devem animar os filhos com relação aos pais, sentimentos que devem ligar a grande família humana. (IV-498).
Como vemos, apesar do muito respeito e da muita estima que nos merece o elevado Espírito de Maria, ao qual temos recorrido muitas vezes, não podemos concordar com os dogmas da Igreja, dogmas que tendem a fazer da Virgem o que já fizeram com o Cristo, deificando-a igualmente.
Nós espíritas também dirigimos preces a Maria, como o fazemos igualmente aos nossos guias e protetores; porém, entre a nossa veneração à Virgem e a outros grandes Espíritos e a divinização que lhe quer dar a Igreja, vai um infinito, um abismo quase igual ao que existe entre a criatura e o Criador, ou entre um planeta e o Universo.
Se assim continuarem, dentro de mais alguns séculos já não mais terão a Trindade, visto que se tornará necessário criar um novo termo, no qual possam incluir as atuais três pessoas e mais o Espírito de Maria e talvez mesmo o de João Batista.
Até lá, porém, o mundo já estará recristianizado. Os Espíritos já terão levado a verdade a todos os cantos da Terra, e os dogmas já não impressionarão a coletividade.
Antônio Wantuil de Freitas
Reformador (FEB) Nov 1946
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
KARDEC E INTEGRIDADE
No próximo dia
03 de outubro comemora-se o aniversário de nascimento de Allan Kardec. O IPEAK
antecipa sua singela homenagem a esse Mestre tão caro, ressaltando, nas
palavras do Dr. Grand, antigo vice-cônsul da França, algumas de suas tantas
virtudes.
KARDEC
E INTEGRIDADE
Nada é mais sagrado do que a integridade de nosso
próprio espírito.
Ralph Waldo Emerson
Integridade é
qualidade do que é íntegro; de uma probidade absoluta; honesto, incorruptível,
imparcial.
O homem
íntegro não está dividido em si mesmo, e não há nele nenhuma distância entre o
pensar, o sentir e o agir, porque ele é uno. O homem íntegro não disputa, pois
a sua parte mais importante, que é o espírito, comanda as paixões e as submete
à razão e ao bom senso; ele não se agasta com as provocações que lhe chegam do
exterior, por que é guiado pela própria consciência, sempre reta.
A mansuetude
que caracteriza o viver de um homem íntegro, é poderosa força de atração, de
convencimento. Foi a integridade de Allan Kardec que fez acreditadas as suas
obras.
Para ressaltar
o caráter daquele que legou ao mundo a Ciência Espírita, e para que aqueles que
admiram suas obras possam também conhecer o caráter do homem, nós transcrevemos
aqui uma nota de alguém que frequentou seu lar, esteve a observá-lo de muito
perto, e que hoje nos possibilita conhecer um pouco mais o ser humano que foi
Allan Kardec.
Eis o que diz
o Dr. Grand, antigo vice-cônsul da França, em uma nota sobre o Livro dos
Espíritos, em sua brochura intitulada: Carta de um Católico sobre o
Espiritismo: [1]
“Lendo esta
obra sente-se que o autor fala, não apenas como homem convicto, mas como homem
de experiência que a tudo observou com uma perfeita independência de ideias.
Tudo ali é discutido friamente, sem exageração. Todas as consequências ali são
deduzidas de argumentos tão justos que se poderia dizer que a filosofia ali é
tratada matematicamente. Quando mais tarde tive a ocasião de ver o Sr. Allan
Kardec, e de ler seus outros escritos, reconheci que estava ali o fundo de seu
caráter e o próprio de seu espírito. É um homem essencialmente positivo, que
não se emociona com nada, e discute os fenômenos mais extraordinários com tanto
sangue frio como se se tratasse de uma experiência comum. ‘Para se apreciar de
maneira correta as coisas, disse ele, é preciso observar sem entusiasmo, pois o
entusiasmo é fonte da ilusão e de muitos erros.’ Ele discorre sobre as coisas
do outro mundo como se as tivesse sob os olhos, e no entanto ele não fala delas
como inspirado, mas como daquilo que existe de mais natural no mundo. Ele
no-las torna, por assim dizer, palpáveis, pois possui, sobretudo, a arte de
fazer compreender as coisas mais abstratas; é, pelo menos, a impressão que
senti ao ouvi-lo falar, e que muitas outras pessoas, como eu, também sentiram.
O caráter dominante de seus escritos é a claridade e o método; se a isto
ajuntarmos um estilo que permite lê-los sem fadiga, ao contrário da maioria das
obras de filosofia, que exigem penosos esforços para serem compreendidas, não
se ficaria admirado pela influência que seu estilo exerceu sobre a propagação
da Doutrina Espírita.
A esta
explicação, que em poucas palavras julguei importante dar, acrescentarei uma
simples observação sobre uma das causas que, na minha opinião, contribuíram
poderosamente para dar o crédito de que gozam as obras do Sr. Allan Kardec: é a
ausência de todo sentimento de aspereza para com seus adversários. Um homem não
se coloca em evidência, como ele o fez, sem suscitar muitos ciúmes, muita
animosidade; entretanto, em nenhuma parte se encontra o mínimo traço de rancor
ou de malevolência, a mínima recriminação endereçada àqueles dos quais ele
poderia se queixar. Desde a minha iniciação no Espiritismo tenho frequentemente
tido a ocasião de vê-lo na intimidade, e posso dizer que jamais o vi se
preocupar com seus detratores; é como se eles não existissem. Ora, confesso que
o caráter do homem não contribuiu pouco para corroborar a opinião que eu tinha
concebido em favor da Doutrina, quando li seus escritos. É evidente que se eu
tivesse reconhecido nele um homem ambicioso, intrigante, ciumento e vingativo,
teria dito que ele mentia aos princípios que professa, e desde então minha
confiança na verdade dessa Doutrina teria sido abalada.
Essas
reflexões, em forma de parênteses, me pareceram úteis para motivar uma das
causas que mais fortemente me levaram a prosseguir, com comprometimento, meus
estudos espíritas.
Uma outra
circunstância, não menos preponderante, vem se juntar às demais e me explicar,
ao mesmo tempo, a profunda indiferença do autor para com as diatribes de
seus antagonistas. Eu estava um dia na casa dele no momento em que
ele recebia sua correspondência, muito numerosa como de hábito. Encontrava-se
ali um jornal em que notadamente o Espiritismo e ele próprio eram amplamente
escarnecidos. Havia também muitas cartas que ele leu igualmente para mim,
dizendo: ‘Ireis agora ver a contrapartida, e podereis julgar o que é o
Espiritismo.’ Entre as cartas, algumas eram pedidos de conselhos sobre os atos
mais íntimos e frequentemente os mais delicados da vida privada. A maioria
continha a expressão de indizível felicidade, do reconhecimento mais tocante
pelas consolações que se havia encontrado na Doutrina; pela calma que ela havia
proporcionado; pela força que ela havia dado nas circunstâncias mais
afligentes; pelas boas resoluções que havia feito tomar. ‘O que vedes aqui, me
disse ele, se renova quase diariamente. Os autores dessas cartas me são, na sua
maioria, desconhecidos, mas eis aqui um, e eu conheço muitos que estão na mesma
situação, que sem o Espiritismo se teriam suicidado.
Acreditais que
a satisfação de ter arrancado homens ao desespero, ter trazido a paz a uma
família, feito pessoas felizes, não me compensa largamente por algumas pequenas
e tolas críticas da parte de pessoas que falam de uma coisa sem a conhecer? Acreditais
que uma só dessas cartas não compensam, de sobra, algumas maldades das quais
fui alvo? Aliás, teria eu tempo de me ocupar com aqueles que zombam? Eu
prefiro, bem mais, dar meu tempo àqueles a quem eu posso ser util. Não tenho
somente para mim a consciência de minhas boas intenções; Deus, em sua bondade,
reservou-me um gozo bem maior, que é o de ser testemunha do bem que a Doutrina
Espírita produz; e eu julgo, pelo que vejo, sobre a influência que ela exercerá
quando estiver generalizada. Não se trata de uma utopia, pois ela é
essencialmente moralizadora; vede por vós mesmo a reforma que ela opera sobre
os indivíduos isolados; o que ela faz sobre alguns, o fará sobre cem, sobre
mil, sobre um milhão, pouco a pouco, compreende-se.
Ora, supondes
uma sociedade penetrada dos sentimentos do dever que vedes expressos nessas
cartas; credes que ela não extraísse daí elementos de ordem e de segurança? As
cartas que vindes de ouvir são todas de pessoas esclarecidas, mas vede esta: é
de um simples operário, outrora imbuído das ideias sociais mais subversivas.
Ele figurou, de maneira lamentável, em nossas lutas civis, e havia dedicado um
ódio implacável aos que ele acreditava serem favorecidos às suas expensas, e
sonhava coisas impossíveis. Agora, que diferença de linguagem! Hoje ele
compreende que a passagem pela Terra é uma prova e, buscando um bem-estar muito
natural, não pede nada às expensas da justiça. Ele não inveja a felicidade
aparente do rico, porque sabe que há uma justiça divina, e que essa felicidade,
se ele não a mereceu aqui na Terra, terá terríveis reveses numa outra vida. E
por que pensa ele assim? Porque lhe dissemos? Não, mas porque ele adquiriu,
pelo Espiritismo, a certeza dessa vida futura na qual não acreditava, e que
pôde convencer-se por si mesmo, pela situação daqueles que nela se encontram, e
porque seu pai, que o entretinha nessas ilusões veio, ele mesmo, lhe dar
conselhos plenos de sabedoria. Ele blasfemava contra Deus, que achava injusto
por haver favorecido algumas de suas criaturas; hoje ele compreende que esse
mesmo favor é uma prova, e que sua justiça se estende sobre o rico como sobre o
pobre. Eis o que o torna submisso à vontade de Deus, bom e indulgente para seus
semelhantes, feliz em seu modesto trabalho. Credes que o Espiritismo não lhe
prestou maiores serviços do que aqueles que se esforçam para lhe provar que não
há nada após esta vida, princípio que tem por consequência que se deve buscar
aqui sua felicidade a qualquer preço? Eis, Senhor, o que é o Espiritismo.
Aqueles que o combatem é porque não o conhecem. Quando ele for compreendido,
nele se verá uma das mais sólidas garantias de felicidade e de segurança para a
sociedade, pois não serão os seus adeptos sinceros que a
perturbarão.’
Eu confesso
que jamais havia encarado o Espiritismo sob esse ponto de vista. Agora eu lhe
compreendo o alcance, e lamento aqueles que ainda veem nele apenas um fenômeno
curioso de mesas girantes. Eu me perguntava se a doutrina dos diabos e dos
demônios, do Sr. de Mirville,[2] poderia dar
semelhantes consolações; se ela seria de natureza a conduzir os homens ao bem e
à fé religiosa, e se não teria contribuído, ao contrário, mais para os desviar,
inspirando-lhes mais medo do que amor, mais curiosidade do que sentimentos bons
e humanos.”
[1] O autor faz
referência ao Livro dos Espíritos em uma nota, aqui traduzida
pela equipe do IPEAK, inserida em sua Carta
de um católico sobre o Espiritismo. Kardec recomenda
essa brochura na Revista
Espírita de novembro de 1860, em Bibliografia.
A brochura do Dr. Grand também
consta na relação de obras queimadas no Auto de fé de Barcelona (ver Revista
Espírita de novembro de 1861), e está disponível, em francês, no site: www.ipeak.com.br, no
link:
[2] O Dr. Grand se
refere ao livro do Sr. de Mirville, intitulado: Questões dos
Espíritos, publicado em 1855, e que Kardec recomenda em seu Catálogo
Racional, na seção: Obras diversas
sobre o Espiritismo. (N.T)
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Justiça seja feita...
Por André
Ariovaldo
Se Allan Kardec
sofreu a interferência dos Espíritos mistificadores (ver "Mensagens
Apócrifas" - Livro dos Médiuns), com todo o seu modo criterioso de
analisar as comunicações mediúnicas recebidas na Sociedade Parisiense, o que
está ocorrendo então nos dias atuais, onde não se analisam mais as comunicações
mediúnicas? O problema não está em sofrer uma mistificação, mas em não perceber
o engano. O centro espírita é feito de tijolos. Os Espíritos se atraem ou se
repelem, não pelas paredes de uma casa material, dotada de uma placa que a
identifica como sendo uma casa espírita, mas sim pelo caráter das pessoas que
frequentam esta instituição. Acreditar que por estarmos dentro de um centro
espírita, estamos livres da interferência dos maus, é não compreender a relação
entre nós e os Espíritos; é agir de forma leviana. As comunicações mediúnicas
devem ser analisadas em seu conteúdo, de acordo com a linguagem dos Espíritos,
seguindo a advertência do Cristo que nos ensina: "A boca fala, do que está
cheio o coração".
Um olhar Espírita: Deus Não Mudou
Um olhar Espírita: Deus Não Mudou: Por Jaci Regis Fomos convencidos de que um Deus humano, sentado num trono no céu governava tudo. O céu, dentro do siste...
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
O mal pode ser um meio de adiantamento?
Lendo A Gênese, Cap III, item 7 temos:
"Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência."
Ex: Em uma encarnação, uma pessoa escolhe ser alcoolatra, pois essa
experiência o fará evoluir, pois aprenderá com os revezes dessa situação que o
alcool e o vício o estaguinam.
− Pode, um homem, escolher numa encarnação o vício como forma de
adiantamento? Ou, ao invés de escolher, a providência o impõe?
Ô,
Júlio,
Acho
que o texto de A Gênese é bem claro. Sua dúvida não deve vir desse
texto...
Só
os viciados escolhem o vício. E escolhem de modo gradual, imperceptível, aqui
mesmo na Terra.
Pelo
que li em vários relatos mediúnicos, o viciado costuma reencarnar após certo
preparo no astral. Alguns até pedem para ter deficiências que os impeçam de
retomar o vício.
Mas
ninguém engana a Lei Divina, nem a si mesmo. O que mais impulsiona as
pessoas a reencarnarem não costuma ser o desejo de reparação, mas o desejo.
Sim, o desejo de gozar novamente das sensações físicas.
Gozar
e abusar.
Por
fora, a intenção sincera de melhorar; no fundo, uma saudade louca das sensações
que só o corpo físico pode dar.
O
Mal é o plano B da Lei de Causa e Efeito. Quem não anda
equilibrado, cai pra aprender a se equilibrar.
A
Lei aproveita o material disponível em:
O mal pode ser um meio de adiantamento?
Lendo A Gênese, Cap III, item 7 temos:
"Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência."
Ex: Em uma encarnação, uma pessoa escolhe ser alcoolatra, pois essa
experiência o fará evoluir, pois aprenderá com os revezes dessa situação que o
alcool e o vício o estaguinam.
− Pode, um homem, escolher numa encarnação o vício como forma de
adiantamento? Ou, ao invés de escolher, a providência o impõe?
Ô,
Júlio,
Acho
que o texto de A Gênese é bem claro. Sua dúvida não deve vir desse
texto...
Só
os viciados escolhem o vício. E escolhem de modo gradual, imperceptível, aqui
mesmo na Terra.
Pelo
que li em vários relatos mediúnicos, o viciado costuma reencarnar após certo
preparo no astral. Alguns até pedem para ter deficiências que os impeçam de
retomar o vício.
Mas
ninguém engana a Lei Divina, nem a si mesmo. O que mais impulsiona as
pessoas a reencarnarem não costuma ser o desejo de reparação, mas o desejo.
Sim, o desejo de gozar novamente das sensações físicas.
Gozar
e abusar.
Por
fora, a intenção sincera de melhorar; no fundo, uma saudade louca das sensações
que só o corpo físico pode dar.
O
Mal é o plano B da Lei de Causa e Efeito. Quem não anda
equilibrado, cai pra aprender a se equilibrar.
A
Lei aproveita o material disponível em:
Medo da Morte
Um homem
transitava por estrada deserta, altas horas.
Noite escura, sem luar, estrelas apagadas... Seguia apreensivo. Por ali ocorriam, não raro, assaltos... Percebeu que alguém o acompanhava.
Olá! Quem vem aí? - perguntou, assustado.
Não obteve resposta. Apressou-se, no que foi imitado pelo perseguidor. Correu... O desconhecido também.
Apavorado, em desabalada carreira, tão rápido quanto suas pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões em brasa, passou diante de um poste de luz.
Olhou para trás e, como por encanto, o medo desapareceu. Percebeu que seu perseguidor era apenas um velho burro, acostumado a acompanhar andarilhos.
A história assemelha-se ao que ocorre com a morte.
A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos têm medo, porque desconhecem inteiramente o processo e o que os espera no Mundo Espiritual.
O Espiritismo é o poste de luz que ilumina os caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores sem fundamento e constrangimentos perturbadores.
De forma racional, esclarece acerca da sobrevivência da alma, descerrando a cortina que separa os dois mundos.
Com a Doutrina Espírita aprendemos a encarar com serenidade a morte, que chamamos de desencarnação, porquanto ninguém morre.
Isso é muito importante, fundamental mesmo, já que se trata da única certeza da existência humana: todos desencarnaremos um dia.
A Terra é uma oficina de trabalho para os que desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria renovação.
Um hospital para os que corrigem desajustes nascidos de viciações pretéritas.
Uma prisão, em expiação dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com crimes cometidos em existências anteriores.
Uma escola para os que já compreendem que a vida não é simples acidente biológico, nem a existência humana uma simples jornada recreativa. Mas não é o nosso lar. Este está no plano espiritual, onde poderemos viver em plenitude, sem limitações impostas pelo corpo carnal.
Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar a nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz.
O primeiro passo é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural... Há condicionamentos milenares nesse sentido.
Existem pessoas que simplesmente se recusam a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio.
Transferem o assunto para um futuro remoto. Por isso se desajustam quando chega o tempo da separação.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - pergunta o Apóstolo Paulo, a demonstrar que a fé raciocinada supera os temores e angústias da grande transição, dando-nos a compreensão de que o fenômeno chamado morte nada mais é do que o passaporte para a verdadeira vida.
O Espiritismo, se estudado, nos proporciona uma fé inabalável. O conhecimento de tudo o que nos espera, e a disposição de lutarmos para que nos espere o melhor.
* * *
Um dos maiores motivos de sofrimento no além túmulo, é o apego aos bens terrenos.
Muitas pessoas não aceitam as normas estabelecidas pela aduana do túmulo, que não nos permite levar os bens materiais no momento em que passamos para o outro lado.
Isso demonstra que tais pessoas ainda não entenderam que os bens materiais nos são emprestados por Deus como meio de progresso, e que os teremos que devolver, mais cedo ou mais tarde.
É importante que reflitamos sobre isso, não nos deixando possuir pelos bens dos quais somos apenas usufrutuários.
Um dos motivos de sofrimento dos que ficam, é o fato de não terem se dedicado o quanto deviam àqueles dos quais se despedem.
Por isso, convém que, enquanto estamos a caminho, façamos o melhor que pudermos aos nossos afetos, para que o remorso não nos dilacere a alma depois.
Redação do Momento Espírita, com base no livro
Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti,
http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/medo-da-morte-44138/#ixzz25o71g9yB
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Eventos e Congressos Espíritas
De: Alamar Régis Carvalho
Para: José Roberto Vieira da Silva
|
Roberto: Os congressos espíritas tem desenvolvido bem os seus papéis? Tem
funcionado mesmo como Congressos?
|
|
ATENÇÃO - Eu não tenho o menor interesse em mandar SPAM para ninguém. Se o seu
nome constar do meu banco de dados e não for do seu desejo, por favor,
peça-me que retirarei imediatamente. Infelizmente nem todos os sistemas de
computadores são perfeitos.
|
||||
MEUS PROGRAMAS NO YOUTUBE - Os meus programas de televisão estão sendo digitalizados e
disponibilizados no Youtube. Inclusive os históricos, com notáveis espíritas
que já retornaram à Espiritualidade, além das entrevistas com a "turma
da Bahia". Entre no site da Rede Visão e assista. Tem muita coisa muito
interessante lá. Veja lá em www.redevisao.net
|
||||
|
Eventos Espíritas
Será que estamos fazendo certo?
Que tal a gente trocar algumas idéias?
Quem realiza um
evento, seja ele da natureza e do segmento que for, obviamente pretende obter
algum resultado com ele, não é verdade?
Ora, isto é óbvio.
Pois é, só que
obter resultado não é o suficiente, porque algum resultado todos trazem, o
importante, creio eu, é: que o resultado seja o melhor possível.
Caso você veja
coerência nisto, vamos continuar a conversar.
Já que estou
escrevendo para o público espírita, ou melhor, para os meus amigos espíritas,
quero falar dos eventos espíritas.
Será que os eventos
espíritas estão sendo realizados para o público certo, falando a linguagem de
acordo com o perfil do público para o qual eles se destinam?
Será que os
organizadores estão sabendo, por exemplo, estabelecer a diferença entre o
conteúdo que deve ser abordado dentro do centro espírita e o que deve ser
abordado em um Congresso?
Não quero eu
afirmar que algum procedimento esteja certo ou errado, quero apenas que você me
acompanhe no raciocínio e tire, você mesmo, com a sua própria cabeça, a sua
conclusão.
Façamos um
paralelo, tomando um congresso de Medicina, como exemplo:
Eu já falei um
pouco sobre isto, mas quero falar de novo, com outra abordagem, para que todos
reflitam:
O congresso de
Medicina
É um evento voltado
para quem?
Para os médicos ou
para os pacientes?
Quem está bem
informado, sabe muito bem que um congresso de Medicina é voltado para os
médicos e não para os pacientes, da mesma forma que um congresso de Engenharia
Civil é voltado para os engenheiros e não para as pessoas que desejam comprar
casas ou apartamentos, um congresso de Psicologia é voltado para os psicólogos
e não para os seus pacientes.
O congresso de
Medicina propõe oferecer aos médicos melhores condições de atender aos seus
pacientes, passando a eles novas informações, atualização dos seus
conhecimentos, aperfeiçoamento das técnicas do exercício da profissão, novas
descobertas no campo dos medicamentos e dos instrumentos ambulatoriais,
laboratoriais e hospitalares, relatos de novas experiências no exterior, etc.
Surgem as novas
máquinas de ressonância magnética de 6 teslas. Maravilha!!!! Que beleza! Agora
os médicos poderão ter uma condição de ver com mais detalhes, mais profundidade
e mais segurança o que de fato tem no corpo do paciente, o que implica em
diagnósticos mais seguros e precisos e, obviamente, maiores acertos e
probabilidades de cura. E assim vão diminuindo os índices de mortalidade e
aumentando a média da longevidade do homem.
Eles falam das
diversas coisas boas que surgem, trazem as boas notícias e terminam fazendo com
que diversos médicos, clínicas e hospitais participantes saiam de lá dispostos
a atualização dos seus instrumentos, equipamentos e dos seus conceitos,
imediatamente.
Mas tem uma coisa:
Nos congressos de Medicina, também, discutem-se
os problemas e as coisas ruins da prática médica, como a infecção
hospitalar, que é uma coisa horrível que mata muita gente, o lixo hospitalar, a
fofoca, o envolvimento de médicos com enfermeiras e vice-versa, enfim, congresso médico trata, também, de coisas ruins.
Agora imagine você,
se a programação de um congresso médico fosse elaborada por um espírita, do
tipo de muitos que eu conheço e você também conhece, o que aconteceria:
Certamente seria
abolida das discussões qualquer abordagem acerca de infecção hospitalar,
envolvimento de médicos com enfermeiras e outros, sob a seguinte argumentação:
- “Meus irmãos. Não
vamos nos preocupar com as coisas ruins, vamos pensar só nas coisas boas. Vamos
acalmar os nossos corações e as nossas almas, para que o congresso transcorra
tudo em Pazzzzz”
E os corações dos
pacientes internados em hospitais com incidência de infecção que se danem.
De repente surge um
grande profissional da Medicina, pesquisador, fuçador, experimentador,
observador e extremamente criterioso que se dispõe a contestar determinados
procedimentos praticados pela maioria dos médicos de uma determinada
especialidade, querendo demonstrar que eles não são os mais eficientes e que
ele conhece um método bem melhor, comprovadamente eficaz.
Qual seria a
decisão da coordenação:
Não vamos dar
ouvidos a ele não, meus irmãos, ele é polêmico e não vale a pena abrir espaço
no congresso. É preciso que tenhamos muito cuidado com essas novidades que
aparecem por aí.
Certamente, por
causa da cabeça limitada e congelada de um, todos os outros médicos
participantes deixariam de ter uma informação que poderia ser valiozíssima no
seu exercício médico e que, por conseqüência, poderia também salvar muitas
vidas.
A grande conclusão
disto é que o congresso médico
serve para os médicos e não para os pacientes, com objetivo de fazê-los
melhores preparados no exercício de curar as pessoas. Para isto, discutem o que
melhor deve ser feito e também o que não
deve ser feito no procedimento médico.
Agora vejamos o
congresso espírita
Eles estão sendo
feitos para os médicos ou para os pacientes?
Façamos a pergunta
de outra forma, ou seja, mais direta:
Eles estão sendo
feitos para os trabalhadores da casa espírita ou para os freqüentadores dos
centros?
Mas aí, vem alguém
com muito “conhecimento” espírita, ou melhor, sempre achando que conhece o Espiritismo
mais do que todo mundo, para dizer:
- Alamar, o
trabalhador da casa espírita é o mais necessitado de todos, é o que mais
precisa de ajuda. Ele não é nenhum privilegiado.
Eu sei disto.
Ocorre que os médicos também são seres humanos que adoecem, precisam de
atendimento de companheiros de outras especialidades e passam por problemas de
saúde também. E daí?
No entanto, os
congressos médicos continuam sendo destinados aos médicos e não aos pacientes.
Meus amigos: a
grande realidade é que muitos congressos e grandes eventos espíritas são
formatados como se fossem os próprios centros espíritas, falando exatamente a
mesma coisa, com a única diferença de ser em local maior, para mais pessoas e
com todos os participantes portando um crachá pendurado no pescoço.
É ou não é assim?
Sinceramente,
amigo, usemos o bom senso e questionemos:
Tem sentido uma
organização de Congresso Espírita chamar um palestrante para falar sobre a “parábola do semeador”, “que a mão esquerda
não veja o que dá a direita”, “o óbulo da viúva”, “parábola dos talentos” ... e temas desta
natureza?
Aí, precipitada e
preconceituosamente, vem um palhaço qualquer de visão equivocada para abrir a
boca e afirmar que o Alamar está querendo tirar o Evangelho do Espiritismo.
Já vi este filme,
várias vezes.
Eu sei muito bem
que Jesus é o maior modelo e guia que deve servir de trilha para os espíritas e
que o Evangelho é o grande manual de conduta moral que devemos seguir, mas isto
não quer dizer que devamos restringir o espiritismo a fanatismo religioso,
deixando de lado a gigantesca abrangência que ele tem.
Ir para um
congresso espírita escutar as mesmas coisas, exatamente as mesmas coisas que a
gente escutou inúmeras vezes e ainda vai escutar incontáveis vezes, apenas
partindo de uma boca diferente, mas temas que já conhecemos começo, meio e fim
é algo que não faz sentido.
Assim como o
congresso médico que objetiva dar mais informações aos médicos, atualizá-los e
prepará-los melhor para atender aos seus pacientes, o congresso espírita
deveria ter como objetivo a necessidade de também preparar os trabalhadores
espíritas para adquirirem condições de dar um melhor e mais eficiente
atendimento às pessoas que freqüentam o centro, que procuram um atendimento e
uma orientação dentro da proposta espírita.
Há muito tempo
vivemos uma experiência terrível de ver inúmeras casas espíritas conduzidas por
cegos que pretendem guiar cegos, pessoas absolutamente despreparadas se
apresentando como trabalhador da casa e até dizendo o que deve ou não deve
fazer aquele que freqüenta o centro.
Coloco aqui, em
nível de sugestão, alguns tópicos que eu acho que caberiam em congressos
espíritas:
I - As casas
espíritas estão sabendo conduzir bem a juventude espírita?
Raramente
encontramos uma casa espírita que tem uma grande, boa, atuante, presente e
dedicada juventude espírita. Se você pesquisar bem, vai perceber que, dentre os
jovens que vão para o centro espírita a maioria vai para agradar aos pais,
apenas. Qual é o adolescente que gosta de escutar coisas do tipo:
“Marcia, olhe esses
trajes que você veste pra vir para a casa espírita”
“Psiu, vamos fazer
silêncio... parem de rir, porque isto aqui é lugar de respeito”
“Tire o braço do
ombro dela, Marquinho. Não pode ficar abraçado, porque aqui é lugar de
respeito”.
“Vamos parar com as
gargalhadas. Olhem a disciplina!!!”
“Sente-se direito,
Thaís”
“Essas coisas não
devem ser ditas na casa espírita, Zé Alberto.”.
“Vamos maneirar no
palavreado aqui na casa espírita”.
“Você poderia muito
bem dizer a mesma coisa usando outras palavras”.
E haja falar em
obsessão, obsessores, umbrais...
Sexo é a pior coisa
que existe no mundo! Não existe nada mais imoral do que sexo na cabeça de
determinadas lideranças espíritas.
Quem é que agüenta,
gente? Qual o adolescente que suporta?
Muitas meninas,
jovens, hoje já estão com suas vidas sexuais ativas, os rapazes também. Como
vocês acham que eles se sentem, ouvindo alguém dizer que sexo é a perdição, é a
expressão máxima da imoralidade, é indecência, é pecaminoso, é perversão, é
obsessivo, é atrativo para obsessores terríveis...
Qual o jovem que
gosta de escutar isto?
Sem falar na mania
de pobreza, nos bancos duros, nas cadeiras plásticas de 10 reais, na iluminação
deficiente, em nome da “humildade”, na cantina fajuta e deficiente, nas
proibições de músicas, no famoso “O silêncio é uma
prece”, e todas essas coisinhas altamente “agradáveis” à juventude.
II – Relação humana
entre os espíritas
Os espíritas se
amam, uns aos outros, conforme aquele amor que eles pregam nas tribunas dos
centros e nos artigos que escrevem?
Que tal a gente
discutir isto em congresso?
Sei que tem gente
que vai querer fugir deste assunto, como o diabo foge da cruz, porque sabe,
muito bem, qual é a realidade que existe e que, se mexer nesse angu, vai dar
muitos panos pras mangas, como se diz no ditado popular.
Não é mais fácil
chamar de polêmico alguém que sugere enfrentar este assunto com coragem e
dignidade?
III – Valores
morais
a) Teoria e prática dos valores morais
b) Valores ensinados e valores vivenciados
c) Comportamentos teatralizados
IV – Relação com os
que pensam diferente
a) Ódios que alguns têm de determinados autores – Há companheiros que não
fazem outra coisa a não ser manifestar os seus ódios contra determinados
autores, determinados médiuns e procedimentos.
b) As proibições, os boicotes, as sabotagens e as difamações.
c) Fidelidade com as histórias, compromisso de retratar sempre a verdade.
V – Necessidade de
assumir responsabilidade por todas as atitudes
a) Transferir para a diretoria a responsabilidade por atos imorais
praticados por mim.
b) Faça, mas não diga pra ninguém que eu mandei você fazer.
VI – Estamos nos
conduzindo conforme Kardec?
a) Procuramos conhecer Kardec, integralmente, antes de proibir
procedimentos?
b) O excesso de religiosismo praticado por nós está de acordo com Kardec?
c) Centro Espírita: Igreja ou escola?
VII – Divulgação da
Doutrina
a) Os espíritas estão divulgando a doutrina para o grande público?
b) Novelas da Globo que falam de coisas dos espíritos – Como está a
tolerância do meio espírita em relação à Globo, nessas novelas?
c) O movimento espírita tem feito algum esforço, se aproveitando do embalo
da Globo, para incrementar a divulgação e levar o Espiritismo ao grande
público, inclusive corrigindo alguma distorção ou abordagem não bem explicada
nas novelas?
Enfim, amigos, há
muita coisa interessante e de relevada importância que poderia ser discutida,
debatida e estudada pelo segmento espírita e não existe ambiente melhor para
falar dessas coisas que num Congresso Espírita.
Eu, Alamar, tenho a
prova de que o trabalhador espírita quer mesmo discutir este assunto, quer que
fale sobre este assunto e quer trabalhar os problemas do movimento, haja vista
as manifestações do público em minhas palestras.
No Congresso
Espírita do Rio Grande do Norte, acontecido em agosto do ano passado, 2011, eu
resolvi fugir do tema que me foi proposto e partir para fazer uma abordagem
exatamente dentro disto que estou falando neste artigo.
Qual foi o
resultado?
O público, que
lotava o Centro de Convenções de Natal, mais de mil pessoas, ficou chateado
porque o palestrante mudou o tema?
Não, gente! muito
pelo contrário, interrompeu o palestrante, com aplausos, diversas vezes e no
final o aplaudiu de pé.
Vejam o que dizem
espíritas notáveis, como Heloísa Pires, Alkíndar de Oliveira, Frederico
Menezes, Dr. Jaíder Rodrigues, Dra. Irvênia Prada, Dr. Kau Mascarenhas, Dr.
Mário Motoyama, Dr. Ribamar Tourinho, Dr. Luiz Signates, Dr. Avildo Fioravante,
e vários outros no vídeo, a seguir, que postei no Youtube:
Agora veja vários
depoimentos de participantes outros, do mesmo congresso, inclusive três membros
da sua organização.
E aí eu pergunto:
Será que essas
pessoas não têm importância nenhuma?
Amigos, isto que
aconteceu em Natal, tem acontecido em todos os lugares por onde eu ando, em vários estados do Brasil: São Paulo, Rio de
Janeiro, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Espírito Santo... e eu faço questão de gravar tudo, para que
fique documentado e um desses donos da “verdade” não venha querer dizer que é
mentira.
O que todos
precisam saber é o seguinte:
Em cada região o
Espiritismo está nas mãos de alguns donos, ou melhor, de pessoas que se acham
donas da doutrina, que impõem que ela deve ser praticada conforme as suas
visões, geralmente míopes.
É preciso que as
pessoas dêem um basta nisto, que se unam e exijam que o Espiritismo seja feito
com coerência, com bom senso e que espíritas não tenham medo e nem receio de
discutir assunto nenhum e nem enfrentar quem quer que seja.
Se alguém vem falar
alguma bobagem ou algo que comprometa a doutrina, a gente tem que estar
preparado para contestar. Mas, vejam bem: Isto não quer dizer que eu forme uma
concepção da doutrina, conforme a minha cabeça e as minhas conveniências e
venha querer que a minha visão seja a verdade absoluta. Muitos fazem isto.
Um elemento para
dizer que o que outro alguém diz, escreve e faz não é Espiritismo, precisa
conhecer Allan Kardec integralmente e não apenas conhecer a doutrina por ter lido o livro dos Espíritos,
viver abrindo o Evangelho ao “acaso” (sempre no meio) e praticar o mesmo ritual religioso/igrejeiro de toda semana no centro
espírita.
Conhecer a doutrina
é muito mais do que isto, é conhecer Kardec totalmente, o que só é possível
através da Revista Espírita, conforme eu já disse em outros emails.
Conclusão
Vamos fazer
congressos espíritas conforme a Medicina faz os seus. Vamos preparar melhor os
trabalhadores espíritas, principalmente dirigentes, do mesmo jeito que os
congressos médicos aperfeiçoam o conhecimento dos médicos.
Fazendo assim, com
certeza vamos conseguir atender melhor as pessoas que procuram pelas casas
espíritas, vamos diminuir a gigantesca evasão que existe nos centros, vamos
fazer mais gente feliz proporcionando uma doutrina linda, maravilhosa, alegre e
encantadora.
Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia
Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia
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