Por André
Ariovaldo
Se Allan Kardec
sofreu a interferência dos Espíritos mistificadores (ver "Mensagens
Apócrifas" - Livro dos Médiuns), com todo o seu modo criterioso de
analisar as comunicações mediúnicas recebidas na Sociedade Parisiense, o que
está ocorrendo então nos dias atuais, onde não se analisam mais as comunicações
mediúnicas? O problema não está em sofrer uma mistificação, mas em não perceber
o engano. O centro espírita é feito de tijolos. Os Espíritos se atraem ou se
repelem, não pelas paredes de uma casa material, dotada de uma placa que a
identifica como sendo uma casa espírita, mas sim pelo caráter das pessoas que
frequentam esta instituição. Acreditar que por estarmos dentro de um centro
espírita, estamos livres da interferência dos maus, é não compreender a relação
entre nós e os Espíritos; é agir de forma leviana. As comunicações mediúnicas
devem ser analisadas em seu conteúdo, de acordo com a linguagem dos Espíritos,
seguindo a advertência do Cristo que nos ensina: "A boca fala, do que está
cheio o coração".