quarta-feira, 16 de maio de 2012

EXISTE ESPÍRITA CATÓLICO?

 Na verdade há o ESPÍRITA, o CATÓLICO-ESPÍRITA e o ESPÍRITA-CATÓLICO.

O ESPÍRITA não faz uso de amuletos, patuás, imagens, escapulários, promessas, defumações, não reza repetidas vezes preces prontas, não faz novenas, não acende velas, não manda rezar missas de 7º dia, não batiza, não se casa no templo religioso, não faz uso de bebidas alcoólicas ou qualquer outra droga, é frequentador e trabalhador da casa espírita e instituições de caridade, ele não fica ocioso porque acredita que “a fé sem obras (úteis) é morta”. Enfim, ele não fica dividido entre duas religiões e se esforça para ser melhor e útil hoje mais do que foi ontem e tentará ser amanhã mais do que foi hoje. 
O CATÓLICO-ESPÍRITA é o católico simpatizante da doutrina espírita. Frequenta o catolicismo, mas de vez em quando aparece na casa espírita para, por exemplo: tomar “passe”, buscar curas espirituais, cartas consoladoras, etc. Geralmente, quando alcança (ou não) seu objetivo, não aparece mais.
O ESPÍRITA-CATÓLICO é frequentador e trabalhador da casa espírita, mas casa-se na igreja, batiza o filho, usa amuletos, é supersticioso, manda rezar missa de 7º dia quando um ente querido desencarna, faz uso de bebidas alcoólicas, etc. Geralmente, são estes que querem implantar modismos de outras religiões na Casa Espírita.
O espírita-católico diz não ser fácil se desvincular dos dogmas e rituais já que frequentou muito tempo outra religião. Mas, quando se desvinculará? Que testemunho o espírita-católico dá de sua fé na doutrina para outras religiões? Será que não está dizendo, indiretamente, que frequenta a casa espírita, mas o casamento de verdade, a melhor prece aos desencarnados, etc., é o da outra religião? Por que os protestantes, que se intitulam evangélicos, geralmente cortam o laço com a religião que frequentavam com mais facilidade que o espírita-católico? É para se pensar já que o espírita lê e estuda mais, segundo estatísticas. Será que o espírita está lendo e não está entendendo ou não está se esforçando para entender? Sem escolher se é espírita ou católico, a doutrina nunca terá "espíritas" de verdade, terá apenas simpatizantes do Espiritismo. Precisamos de adeptos convictos para ajudar a divulgar a doutrina. 
Como diz Therezinha Oliveira, “o Espiritismo precisa de espíritas que ajudem na renovação das ideias religiosas e não conseguirá isso, se não buscar o que desconhece, se ocultar sempre o que já conhece e ceder sempre aos costumes religiosos tradicionais.”
Se continuarmos com um pé cá e outro lá o Espiritismo nunca terá "espíritas" de verdade, mas apenas simpatizantes do Espiritismo.

O Livro dos Espíritos - Cap. XI – Lei de Justiça, de Amor e de Caridade Caridade e amor do próximo




Pergunta: 886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

Resposta do Espírito: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Análise de Allan Kardec.: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. Pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer.
Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.