O ESPÍRITA não
faz uso de amuletos, patuás, imagens, escapulários, promessas, defumações, não
reza repetidas vezes preces prontas, não faz novenas, não acende velas, não
manda rezar missas de 7º dia, não batiza, não se casa no templo religioso, não
faz uso de bebidas alcoólicas ou qualquer outra droga, é frequentador e trabalhador da casa espírita e
instituições de caridade, ele não fica ocioso porque acredita que “a fé sem
obras (úteis) é morta”. Enfim, ele não fica dividido entre duas religiões e se
esforça para ser melhor e útil hoje mais do que foi ontem e tentará ser amanhã
mais do que foi hoje.
O CATÓLICO-ESPÍRITA é o católico simpatizante da doutrina
espírita. Frequenta o catolicismo, mas de vez em quando aparece na casa
espírita para, por exemplo: tomar “passe”, buscar curas espirituais, cartas
consoladoras, etc. Geralmente, quando alcança (ou não) seu objetivo, não
aparece mais.
O ESPÍRITA-CATÓLICO é frequentador e trabalhador da casa
espírita, mas casa-se na igreja, batiza o filho, usa amuletos, é supersticioso,
manda rezar missa de 7º dia quando um ente querido desencarna, faz uso de
bebidas alcoólicas, etc. Geralmente, são estes que querem implantar modismos de
outras religiões na Casa Espírita.
O espírita-católico diz não ser fácil se desvincular dos
dogmas e rituais já que frequentou muito tempo outra religião. Mas, quando se
desvinculará? Que testemunho o espírita-católico dá de sua fé na doutrina para
outras religiões? Será que não está dizendo, indiretamente, que frequenta a
casa espírita, mas o casamento de verdade, a melhor prece aos desencarnados,
etc., é o da outra religião? Por que os protestantes, que se intitulam
evangélicos, geralmente cortam o laço com a religião que frequentavam com mais
facilidade que o espírita-católico? É para se pensar já que o espírita lê e
estuda mais, segundo estatísticas. Será que o espírita está lendo e não está
entendendo ou não está se esforçando para entender? Sem escolher se é espírita
ou católico, a doutrina nunca terá "espíritas" de verdade, terá apenas
simpatizantes do Espiritismo. Precisamos de adeptos convictos para ajudar a
divulgar a doutrina.
Como diz Therezinha Oliveira, “o Espiritismo precisa de
espíritas que ajudem na renovação das ideias religiosas e não conseguirá isso,
se não buscar o que desconhece, se ocultar sempre o que já conhece e ceder
sempre aos costumes religiosos tradicionais.”
Se continuarmos com um pé cá e outro lá o Espiritismo nunca
terá "espíritas" de verdade, mas apenas simpatizantes do Espiritismo.