sábado, 28 de abril de 2012

A DISCRIÇÃO Mat. 7:6


A DISCRIÇÃO


Mat. 7:6

6. Não deis o que é santo aos cães, nem lanceis vossas pérolas diante dos porcos, para que não suceda que as pisem aos pés e, voltando-se, vos mordam.

Um versículo apenas, com singelo aviso de prudência em nossas atitudes em relação às demais criaturas.
A frase, em forma de provérbio, tem o andamento próprio das frases sentenciosas (mâchál) dos livros de sabedoria, com o ritmo binário: isto é, repete-se o mesmo pensamento duas vezes, em conceitos sinônimos.
No hebraico aparece, outra assonância entre as duas sentenças, o que nos oferece a razão da escolha de "pérolas para opor a coisas santas. Com efeito, em hebraico, "santo é qodesh, e "pérola é qedasha.
Os comentadores, desde o início buscaram alegorias para os cães e os porcos, dizendo tratar-se dos pagãos, os infiéis, os apóstatas, os ímpios, os debochados, etc. Mais equilibrados, os primeiros cristãos (Didáché, 9: 5) atribuem à idéia de não ensinar o encontro místico da Ação de Graças (Eucaristia) a não ser aos que tivessem conseguido o mergulho" (batismo), quando então se começava a disciplina dos arcanos e a iniciação gradual dos catecúmenos.
Realmente parece claro que Jesus não distinguiu povos nem raças, mas simplesmente estágios evolutivos em qualquer raça ou povo. Não é o local do nascimento nem o tipo de sangue, nem qualquer outra característica da formação do corpo material que poderá decidir a respeito do estágio evolutivo das criaturas. Mede-se a evolução pelo "espírito", não pela matéria. A comprovação evidente aparece num exemplo típico do próprio Evangelho, quando Jesus diz (Mat. 8:10 e Luc. 7:9) que "nem entre os judeus encontrou tão grande fé, quanto no centurião", pagão adorador de Júpiter. Doutra feita, para exemplificar o amor, opõe o apóstata samaritano ao "justo" levita e ao sacerdote israelita (Luc. 10:33), deixando-os em posição de inferioridade evolutiva, como carentes de amor.
O ensinamento, portanto, resulta bastante claro: antes de revelar-se a verdade a respeito da doutrina, verifique-se o grau de adiantamento de quem vai recebê-lo, pois poderá suceder que ainda sejamos perseguidos e mortos pelos que não estão em grau de entender o ensino. E isso de fato ocorreu a milhares de criaturas que pretenderam divulgar fatos e conhecimentos, para os quais a humanidade – mesmo representada pela nata de seus dirigentes espirituais - ainda não estava preparada. Recordemo-nos dos mártires dos primeiros séculos entre os pagãos; dos arianos assassinados pelos cristãos romanos no século 4.º dos numerosos profetas (médiuns) que surgiram através dos séculos em toda a idade média, e que foram sacrificados nas fogueiras pelos próprios cristãos; e mais de Galileu, de Savonarola, de Giordano Bruno, de João Huss, de Joana d’Arc, e de tantos milhares que nem podemos enumerar.
Daí a necessidade de prudência na divulgação das realidades espirituais, que só devem ser reveladas aos que estão aptos a compreendê-las e, assimilando-as, vivê-las.
A admoestação taxativa vem esclarecer-nos, como de outras feitas ainda veremos a razão que levou Jesus (a individualidade) a falar e a agir sempre por metáforas, por exemplos vivos que são verdadeiros símbolos, utilizando-se de alegorias, de parábolas, de comparações, sem jamais dizer claramente qual o segredo de seu ensinamento.
Daí constituírem os Evangelhos uma obra realmente iniciática, revelando sabedoria profunda, jamais podendo dizer-se que se trata de trabalho escrito por homens comuns. São, de fato, uma revelação do mais alto teor, inspirados intuitivamente, através dos aparelhos mediúnicos altamente sensíveis que foram os evangelistas, cada um captando a mesma inspiração de acordo com o seu próprio grau de evolução espiritual. Essa a razão de ser João - o místico - o de mais altos e largos vôos, e também a causa de que muitos outros ”médiuns", nessa ocasião, tenham captado a mesma inspiração, mas, por serem pouco evoluídos, tenham escrito textos fracos, hoje catalogados como “apócrifos". Só mesmo os quatro de maior sensibilidade psíquica conseguiram atingir a noúre mais elevada, que naquela época constituía a noosfera do planeta, em virtude da aproximação psíquica de Jesus.
Dessa forma, os Evangelhos podem ser compreendidos e interpretados em vários planos: 1.º o literal, como o lê a maioria da massa humana que dura há séculos, grandemente aproveitando as palavras sábias e os exemplos maravilhosos; 2.º o moral, que se eleva um pouco mais, verificando as consequências reais que ali aparecem em todas as frases, belas e cheias de sabedoria; 3.º o alegórico, que já entrevê ensinos mais profundos, lidos nas entrelinhas, quando se percebe que as palavras são representações de outros planos mais altos, exprimindo coisas diferentes do que exprimem textualmente as palavras; 4.º o metafórico, que dá um passo mais adiante, e que já muitos comentadores perceberam plenamente, divulgando seus conhecimentos.
Essas quatro interpretações referem-se todas à personalidade, em seus quatro planos.
Mas outras três existem, compreendidos pela individualidade; o 5.º, ou simbólico, que se vem manifestando aos poucos, de acordo com a evolução da humanidade que caminha sempre mais à frente; o 6.º, ou místico, que estamos tentando penetrar, apesar de nosso atraso, mas grandemente ajudados pelas Forças do Alto; e o 7.º o espiritual ou divino, que ainda não atingimos, em virtude de nossa deficiência evolutiva.
Na época atual, onde numerosos já são os elementos capazes de perceber esse aprofundamento, tornou-se possível penetrar e até mesmo divulgar, como estamos fazendo, essas interpretações, sem que nos arrisquemos a ser perseguidos e assassinados, como no passado. Mas, não obstante, grande número de irmãos de ideal ainda não consegue aceitar o que dizemos e, por isso, recebemos a perseguição moral de diversos tipos de acusação; estas nos alegram, pois sabemos - disse-o Jesus - que seus discípulos seriam conhecidos pelas perseguições e acusações que sofressem, já que o discípulo não é mais que o mestre, nem o servo mais que seu senhor; e se o Senhor e Mestre foi acusado de "endemoninhado, seus discípulos também o seriam" (Mat. 10:24-25). Daí o medo que sentiríamos, se fossemos elogiados: não estaríamos mais figurando entre os discípulos de Jesus.
Voltando ao texto, encontramos a sabedoria do ensino: nem a todos os que revelam desejo de saber, pode dizer-se a realidade total; nem tudo o que se percebe pode revelar-se, senão a alguns. Quando escrevemos, porém, sabemos que os que não podem compreender totalmente, não o compreendem mesmo, por mais claro que tenha sido explicado. Por isso não hesitamos em publicar as idéias que nos são trazidas, a respeito de aspectos menos divulgados do Evangelho, porque tudo o que dizemos já foi sabido e vivido por milhares de criaturas, no oriente e no ocidente.
Nada de novo trazemos: apenas nova maneira de apresentar a Verdade Eterna, que jaz silenciosa há séculos, oculta nas letras materiais das Escrituras, reveladas pelo Cristo Cósmico ao coração da humanidade, através dos grandes Avatares, dos Manifestantes divinos, que vieram à Terra para ajudar-nos a evoluir.


CARLOS PASTORINO
SABEDORIA DO EVANGELHO

ESCLARECENDO A BIBLIA





Laura Schlessinger é uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show.

Recentemente ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na Internet.

“Cara Dra. Laura

Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levíticos 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate.

Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como segui-las:

1. Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levíticos 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

2. Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?

3. Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

4. Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?

5. Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo mesmo?

6. Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?

7. Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão.

Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

8. A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

9. Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levíticos 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano se usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco).

10. Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levíticos 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levíticos 19:19 porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliéster). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los (Levíticos 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seus sogros (Levíticos 20:14)?

Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar. Obrigado novamente por nos lembrar de que a palavra de Deus é eterna e imutável. “Seu discípulo e fã ardoroso.”


A RECEITA DE SANTO AGOSTINHO



É raro, no meio espírita, comentar-se sobre auto-conhecimento sem fazer referência ao pensamento de Santo Agostinho, exposto na questão 919 de O Livro dos Espíritos. Nela o tema foi tratado diretamente em preciosos quatro parágrafos, encerrando uma receita. 
O conhecimento espírita desperta um anseio pelo progresso que nos faz pedir que nos apontem caminhos. O Codificador pediu aos espíritos superiores a fórmula da melhoria pessoal, e não pediu para as próximas encarnações, pediu para esta vida e ousou mais: tinha que ser prática e eficaz. 

Respondeu-lhe o Espírito Santo Agostinho, dizendo: “Um sábio da Antigüidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.” 


Referia-se a Sócrates e apontou a necessidade de focarmos os interesses na busca por e em nós mesmos. Ouve-se muito: “Conheço fulano como a palma da minha mão, ele não me engana.” Ou seja, conheço o outro, conheço para fora, mas quando perguntam “Quem é você?”, dizemos um nome que nem ao menos foi de nossa livre escolha e completamos informando profissão, estado civil e endereço. Pronto, qualquer um nos encontra, o que não significa um encontro pessoal. 


O Codificador retruca reconhecendo a sabedoria da resposta, mas alegando dificuldades para se atingir o conhecimento interior e insiste no pedido de uma receita. Disse Jesus:

“Pedi e obtereis.” Ele obteve a fórmula e a legou àqueles que em si descobrem esse anseio. 

Ensinou o interrogado: “Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava em revista o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a lamentar de mim.” 


Estava dada a receita da espiritualidade prática e eficaz para melhorar já nesta vida: conhecer a si mesmo examinando a consciência. 


Mas como se faz um exame de consciência? Será que basta rememorar os acontecimentos do dia e verificar como nos comportamos, se fomos gentis, cordiais, caridosos, se cumprimos nossos deveres profissionais, familiares, se fizemos prece etc.? Talvez temeroso de que caíssemos nesta simplificação, ele especificou que o modo de fazer é realizar um interrogatório preciso e diário a si mesmo sob o amparo de Deus e do anjo guardião. Ele sugeriu que colocássemos para nossa reflexão ao menos cinco questões, a saber: 

1) “Perguntai-vos o que fizeste e com qual objetivo agistes em tal circunstância”. 


A primeira parte da questão é tranqüila, basta recordar as atitudes do dia. A segunda aprofunda- se pedindo para identificarmos os objetivos de nossas ações, os interesses e propósitos que as motivaram, os quais podem estar escondidos muito fundo, num canto sombrio do nosso ser, e ainda se apresentarem mascarados. 


2) “Se fizeste alguma coisa que censurais em outrem”. 

A nossa capacidade de olhar para fora é bem desenvolvida, então vamos aproveitar e conhecer o que estamos projetando. É sempre fácil apontar erros, condenar e exigir dos outros esquecendo que só conseguimos reconhecer aquilo que também possuímos. Esse é um procedimento importante da receita que se repetirá. 



3) “Se fizeste alguma coisa que não ousaríeis confessar”. 

Um questionamento ético em relação à minha conduta com o próximo e também pessoal, na medida em que devemos responder se tudo o que pensei, senti e fiz pode ficar exposto à luz? Ou falta coragem para assumir opiniões, atitudes, vontades, o “eu” e as motivações reais e profundas das minhas ações, que somente eu e Deus podemos saber quais são. 

4) “Se aprouvesse a Deus me chamar neste momento (em que estou lendo está página), reentrando no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, eu teria o que temer diante de alguém?”. 

Queremos distância da morte. Não é agradável pensar nela ou falar sobre ela. Aceitá-la não é fácil, trabalhar as perdas é um processo doloroso e delicado. Imagine pensar na própria morte, diariamente. Frente a cada decisão, refletir como ficaria a situação se morrêssemos naquele momento. Brigamos com um filho, ou com o marido, ou com um amigo, ficamos magoados, com raiva e morremos num ataque fulminante do coração. Que situação! Essa questão nos põe em xeque com um mundo onde as máscaras não enganam senão quem as usa. Se pensarmos sob esse enfoque, mudaremos muitas atitudes. 


5) “Examinai o que podeis ter feito contra Deus, contra vosso próximo, e enfim, contra vós mesmos”. 

Discutimos muito as nossas relações amorosas, profissionais e familiares, mais ou menos nessa ordem de prioridade. Mas a relação com Deus vai entre tapas e beijos e não paramos para discuti-Ia. Começa que Dele nem sempre fazemos um juízo claro, a nossa resposta pessoal é em geral vaga ou politicamente correta. Confundimos repetição mecânica de palavras com falar com Ele. Nós o bendizemos quando a vida corre como desejamos, mas é sobre Ele que lançamos nossas incompreensões e ingratidões quando as coisas não são como queríamos. Por fim, Ele é o cangaceiro das nossas vinganças, cada vez que vencidos pela ira desejamos o mal ao próximo e não o realizamos com as próprias mãos. Mas, ironicamente, embora O contratemos para nossas desforras, ainda O tememos. E uma relação complicada: nós a vivemos com uma grande dose de irreflexão misturada ao medo, à ira, à ingratidão. Temos um comportamento mimado e não apto ao diálogo. 

Desta tríade, a relação com o outro é a mais debatida, só que em geral sob a ótica de vítima: “O que eles fizeram comigo”. O convite é para largarmos essa postura e assumirmos nossas responsabilidades. 

A relação conosco é outra e apenas em circunstâncias limites começamos a discutir. Falamos muito sobre reencarnação, obsessão, lei de amor, depressão, sentimentos mal resolvidos, doenças, mas pouco nos perguntamos: “Por que sou e estou assim?” Como lido com as alegrias e as tristezas?”, “Cuido bem de mim, como corpo e alma?” 

O autor da receita mostra conhecimento e compreensão da alma humana antecipando-se ao propor: “Mas, direis, corno se julgar? Não se tem a ilusão do amor próprio que ameniza as faltas e as desculpas?”. 

Ilusões e justificativas podem comprometer o resultado e para evitar que algo saía errado na execução da receita, ele deixou também os segredinhos. Para evitar auto-enganos, façamos o seguinte: 

1) “Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai-vos como a qualificaríeis se fosse feita por outra pessoa; se a censurais em outrem, ela não pode ser mais legítima em vós, porque Deus não tem duas medidas para a justiça.” 
2) “Não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque estes não têm nenhum interesse em dissimular a verdade e, freqüentemente, Deus os coloca ao vosso lado como um espelho para vos advertir com mais franqueza que o faria um amigo.” É o verdadeiro “te enxerga”. É uma proposta valiosa para reformularmos comportamento sobre críticas e inimizades, vendo nelas auxiliares divinos para nosso crescimento. Assim, esvazia-se a raiva e a indignação. A humildade é o caminho que acaba com a falsa superioridade que nos faz preferir ignorar as críticas e inimizades a aprender com elas. 

3) “Aquele que tem vontade séria de se melhorar explore, pois, sua consciência, a fim de arrancar dela as más tendências.” 

O produto da fórmula ê uma visão clara de quem somos e do que precisamos reformar. 
A promessa final é excelente, nada menos que uma felicidade eterna. Vale a pena conferir. 

Fonte: Revista Literária Espírita Delfos. Catanduva, SP: BOA NOVA.
 Ano V. Ed. 03. Nº 21. 2005. p. 10