(Parte 1)
Nasce o nosso Universo
Há
13,7 bilhões de anos, tudo o que existia estava concentrado em um só ponto, que
um cientista denominou de átomo primitivo ou ovo cósmico. Seu tamanho era
trilhões e trilhões de vezes menor que a cabeça de um alfinete; era rico em
energia altamente condensada, a ponto de seu calor ser de bilhões e bilhões de
graus Celsius.
De
repente, sem que se possa saber por quê, ele se inflacionou ao tamanho de uma
maçã. E então explodiu, ejetando violentamente em todas as direções a energia e
os conteúdos nele contidos.
Essa
energia se condensou fortemente e produziu as partículas elementares da
matéria. Nos primeiros três minutos, essas partículas formaram os átomos e daí
o hidrogênio e o hélio, os elementos químicos mais simples e os mais abundantes
do universo.
Enquanto
isso, a energia ejetada, junto com as partículas elementares, formou uma
incomensurável nuvem que se expandiu mais e mais. Lentamente, depois de uma
grande disparada em todas as direções, ela começou a se esfriar e ganhar
densidade. Deste processo se formaram as grandes estrelas vermelhas.
Elas
funcionaram, por alguns bilhões de anos, como fornalhas ardentes dentro das
quais ocorreram explosões atômicas de magnitude extraordinária. Lá se forjaram
os principais elementos que estão presentes em todos os seres: o ferro, o
carbono, o ouro, enfim, os 92 elementos básicos que compõem todos os seres e
cada um de nós. Da morte de uma dessas estrelas se formaram a nossa galáxia, o
nosso Sol e o planeta Terra.
O
exposto acima é o que os cientistas denominam de Big-Bang, ou seja, a grande
explosão.
E
Deus com isso?
O
problema de Deus aparece quando se colocam as seguintes questões: O que havia
antes do começo? Quem deu o impulso inicial? Quem sustenta o Universo como um
todo e todos os seres para que continuem a existir e a se desenvolver?
Nada?
Mas do nada, nada pode vir.
Antes
do Big-Bang, existia Deus, que existe de toda a eternidade.
Existiram
também muitos outros universos, pois Deus jamais esteve inativo. Esses
universos foram criados por sua vontade, cumpriram seu papel (campo de
desenvolvimento do Espírito) e tiveram sua matéria colapsada, para ressurgir
depois, qual a lendária ave mitológica, Fênix, que renascia das próprias
cinzas. Pois um mundo formado desaparece e a matéria que o compõe se renova.
Essa
teoria encontra ressonância no pensamento do Espírito André Luiz: Semelhantes
mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à
evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso
atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas,
contudo volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a
desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos
comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo
corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus
se estende e perpetua, em sua glória criativa.
Pronto
o universo, o princípio espiritual poderá iniciar a longa marcha rumo à
perfeição relativa que lhe é destinada.
Ao
mesmo tempo em que vem criando, desde toda a eternidade, mundos materiais, Deus
há criado, desde toda a eternidade, seres espirituais. Se assim não fora, os
mundos materiais careceriam de finalidade.
Os
mundos materiais teriam de fornecer aos seres espirituais elementos de
atividade para o desenvolvimento de suas inteligências.
Nasce
o princípio inteligente
A
razão de ser do Universo é o desenvolvimento do Espírito humano. Pronto o
Universo, o princípio inteligente poderá iniciar sua longa marcha rumo à
perfeição relativa que lhe é destinada.
Deus
renova os seres vivos como renova os mundos.
Indestrutível,
o princípio espiritual se elabora nas diferentes metamorfoses que sofre,
estagiando nos reinos mineral, vegetal e animal, antes de adquirir a razão e
identificar-se com a humanidade.
Quanto
à origem do princípio inteligente nada sabemos.
Segundo
alguns, trata-se de uma emanação da Divindade.
As
propriedades sui generis que se reconhecem ao princípio espiritual provam que
ele tem existência própria, pois que, se sua origem estivesse na matéria,
aquelas propriedades lhe faltariam, desde que a inteligência e o pensamento não
podem ser atributos da matéria.
Aos
nossos olhos não tem uma forma determinada, pode ser comparado a uma chama, um
clarão ou uma centelha etérea, cuja cor varia do escuro ao brilho do rubi,
conforme a sua pureza; com alta capacidade de proporcionar impulsos e abrigar
experiências que se transformam em estruturas definitivas e cada vez mais
complexas.
Foi
criado simples, ignorante, mas dotado de perfectibilidade. Simples, porque
único, formado de uma só parte, homogêneo. Ignorante porque sem conhecimento,
experiência e aquisições. Perfectível porque dotado da potencialidade do
progresso, de um projeto íntimo de desenvolvimento, de um propósito no sentido
de haver um movimento na direção de mais diversidade, complexidade e
cooperação.
Ricardo
Baesso de Oliveira
(
continua )
PAZ, MUITA PAZ!
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